quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Minha segunda semana em Viena


Olá amigos, vou contar agora pra você como foi minha segunda semana em Viena.

Na minha segunda semana eu já estava acostumado com meu estágio e sabia tudo que precisava fazer, desde a hora que eu chegava ao hospital até a hora do meu almoço (quando ia embora): fazer as infusões dos pacientes internados, ir ao morning meeting e, por fim, ir assistir a alguma cirurgia no CC. Eu já estava habituado com o hospital e já sabia onde ficava cada lugar dele... Quando eu chegava, por volta das 7h15, descia ao 3º andar para ir ao meu armário guardar meu casaco e minha mochila e botar meu jaleco próprio do AKH (de uso obrigatório); de lá seguia para o 9º andar para fazer as infusões nos pacientes internos; quando terminava, descia para o 7º andar para assistir ao morning meeting; depois, subia ao 12º andar para ir pro CC assistir às cirurgias e, por fim, descia novamente para o 3º andar para botar novamente o meu casaco e deixar lá o jaleco.

Depois de tudo isso, se eu ainda tinha que esperar mais algum tempo pelos demais colegas para almoçarmos juntos, eu mudava de prédio (como já falei o AKH tem 3 torres e a de Neurocirurgia é um anexo ligado por uma passarela que eu nunca usava) e ia para a biblioteca no 5º andar do prédio principal (detalhe: o 5º andar aqui é o térreo, portanto do 4º ao 1º, os andares são subsolos, tipo o HUOL, mas eles não chamam de subsolo). Na biblioteca, eu me esforçava para conseguir uns dos 8 PCs que tinha livre acesso à internet e, quando conseguia, esperava meus colegas ali, pois todos quando saiam dos seus estágios faziam o mesmo.

Depois disso, a gente ia pro Mensa (o RU daqui). O Mensa funciona no esquema prato feito e sempre havia 4 opções de pratos (um sempre vegetariano). Os pratos ficavam expostos em uma vitrine com as descrições de cada um em alemão (que não me servia de nada). Pra minha sorte, eles sempre botavam a foto do que era a carne (se era carne de vaca tinha a foto de uma vaquinha, se de porco tinha a foto de um porco, se de frango a foto de uma galinha e assim por diante. Isso era a minha salvação!

O esquema era o seguinte: o valor da refeição dava direito ao prato principal e mais uma sopa de entrada ou uma sobremesa – tinha que escolher! Eu, filho de quem sou, quase sempre ficava com a sobremesa! Para beber um refrigerante tinha que pagar por fora – eu quase sempre pagava porque me engasgo muito e preciso comer com um líquido de lado (problema de família). Na hora de pagar a gente mostrava um cartãozinho que havia recebido para ter desconto na comida. E aqui vou adiantar um fato engraçado sobre isso que só descobri na 3ª semana. O cartão realmente dava um desconto. Mas não era o desconto de estudante da universidade. Era um valor entre o que uma pessoa pagava e um estudante da faculdade pagava. Na terceira semana eu percebi que se eu não mostrava o cartão, a moça achava que eu era estudante da faculdade e eu terminava pagando menos do que quando mostrava o cartão. Dessa forma, a partir da 3ª semana, nunca mais mostrei meu cartão e fiquei pagando menos de 4 euros pela comida com a bebida (quando eu mostrava pagava 5,25 euros).

Bem, na hora do almoço, almoçando com os colegas, sempre decidíamos o que fazer no restante do dia. O Fernando (chileno) quase sempre queria ir pra casa tirar um cochilo antes de ir a qualquer lugar porque estava sempre cansado; o Eduardo (peruano) de vez em quando saía com a gente, mas às vezes não podia porque tinha outras coisas pra fazer ou os horários do seu estágio não batiam com os nossos; dessa forma, quase todos os dias, apenas eu e o Eduardo (cearense) saía do hospital direto para as ruas Viena, a fim de conhecer lugares diferentes.

À noite, muitas vezes, combinávamos um lugar pra se encontrar com o Fernando e o Eduardo e íamos juntos a um Pub, ou jantar algo (tudo sempre barato – aqui nós sempre buscávamos o que fazer olhando, em primeiro lugar, o preço; sim, estou fazendo relatos de estudantes fazendo mochilão pela Europa)!

Na segunda semana, então, conhecemos a faculdade de Viena. Na verdade, conhecemos tipo um prédio central de Ciências Exatas, com uma arquitetura fantástica (como a de quase todas as construções em Viena). Assim, a universidade deles tem um estilo de construção totalmente diferente do nosso. Entramos no prédio para ver por dentro e também era fantástico. Logo na entrada, nos deparamos com uma espécie de placas das pessoas formadas naquela universidade e que ganharam o prêmio nobel. Lá havia a placa de 7 pessoas e uma 8ª com uma interrogação (eles já estão a espera do 8º)!

Conhecemos, também nessa semana, o parque do Freud, a casa do Freud, local onde funciona um museu não muito interessante e que só indico a visita para quem tiver muito tempo em Viena, como eu tive. Ainda nessa semana, fomos a um espetáculo musical no palácio de Schömbrunn, que apesar de não ser da orquestra de Viena, era de uma boa orquestra composta por músicos, mais dois cantores (um homem e uma mulher) e mais um casal de dançarinos que interpretavam e dançavam algumas músicas (detalhe que o casal de cantores também interpretavam muitíssimo bem todas as músicas que cantavam). A casa não estava lotada; pelo contrário, havia poucas pessoas, até porque aquela era uma apresentação para turistas e que acontecia nos sete dias da semana. Porém, mais uma vez, tivemos sorte de ir na segunda-feira, porque é um dos poucos dias que o grupo está completo com músicos, cantores e dançarinos.

Além disso que já relatei, todos os dias passeávamos pelo centro de Viena, registrando com fotos todas as belezas da cidade (que são inúmeras). No final da tarde, ou já a noite, quando não íamos a nenhum pub, nem coisa do tipo, jantávamos juntos (quase sempre no Mc ou nuns quiosques de rua que vendem comidas baratas – sim, aqui na Europa é diferente do Brasil e o Mc Donald’s é lugar de se comer para economizar).

Depois de comer, eu sempre ia pra casa... Muitas vezes passava em algum supermercado, antes de chagar em casa, para comprar algo pra café da manhã e jantar, além de outras coisas que sempre precisava (sim porque aqui eu cuidava da minha casa e precisava comprar comida, produtos de higiene pessoal, limpeza...).

Gostaria de terminar esse post falando mais sobre as minhas noites depois que eu chegava em casa. Isso porque na minha segunda semana eu ainda não estava totalmente habituado à nova vida em Viena, mas também a coisa já estava mais amena. Então quando eu chegava em casa no final da tarde ou à noite, era meu momento mais sozinho. Eu sempre tirava um tempo para fazer meu trabalhos da IF, falar com minha família e amigos, ouvir um pouco de música brasileira (Nando Reis, Zeca Baleiro, Pe. Fábia de Melo ou outro cantor católico). Quando meus amigos falavam comigo pela internet ou telefone, sempre me perguntavam se era muito ruim estar sozinho. Minha resposta era que não era tão ruim assim porque, na verdade, eu sempre ocupava meu tempo e minha mente com algo. Além disso, ou nunca estava sozinho: sempre estava falando com algum amigo, um dos meus irmãos ou meus pais. Quando não era isso, eu conversava com Deus! Sim, acho que nunca conversei tanto com ele em toda a minha vida. E esse foi um momento especial, creio muito nisso, pra mim e pra Ele porque nos aproximamos ainda mais. Nas minhas conversas com Deus, aprendi que quando sentimos o amor dele, sentimos também o amor das pessoas que amamos. E não pensem que nessas horas eu chorava ou fica triste com saudade de casa e dos amigos. Pelo contrário, incrivelmente eu ficava feliz e me sentia bem, porque sabia que as pessoas que me amam estavam todas felizes por eu estar aqui na Europa. E para mim, não havia como estar com Deus sem também estar com Maria... Então, eu estava na companhia de pai e mãe! No final da minha noite eu sempre me deitava e rezava e conversava ainda mais com Deus e, quase sempre, dormia conversando com Ele e isso era muito bom, porque quando eu acordava no dia seguinte, sentia que não havia passado a noite sozinho e que, pelo contrário, havia alguém sempre comigo.

Bem amigos, essa foi minha segunda semana em Viena. No meu próximo post falarei do meu 2º fim de semana na Áustria, que passei em Salzburg, cidade onde Mozart nasceu.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Meus últimos dias em Viena e minhas impressões sobre essa cidade


Caros amigos, gostaria de lhes pedir permissão ara dar um pequeno salto no tempo e falar dos meus últimos dias em Viena. Prometo que posteriormente voltarei no tempo novamente para contar tudo que aconteceu entre meu último post e esse aqui.
Eu comecei a sentir que estava nos meus últimos dias em Viena em meados da minha terceira semana de estágio lá. Estranhamente comecei a sentir uma saudade antecipada daquele lugar, de cada coisa que havia visto por lá, das experiências vividas e das pessoas que havia conhecido. Sim, principalmente das pessoas e quem me conhece sabe disso. Não sou de me apegar às coisas, mas me apego muito às pessoas e como havia explicado a vários amigos, em Viena tive que reconstruir minha vida e parte mais desafiadora foi conhecer novas pessoas e fazer novos amigos, pois seria impossível passar 4 semanas lá na solidão completa, sem ter com quem dividir meus momentos, conhecer a cidade, tomar minhas cervejas nos finais de tardes... Lembro que a primeira vez que senti saudades de Viena fiquei surpreso, pois nos meus primeiros dias lá sozinho, com tanta saudade de casa e dos meus amigos e enfrentando tantas dificuldades, eu jamais poderia imaginar que uma hora eu iria sentir falta daquilo.
Foi aí que decidi aproveitar mais intensamente tudo que Viena tinha a me oferecer. Por incrível que pareça eu comecei a aproveitar até o frio, que tantas vezes eu havia xingado! Comecei a pensar que se quisesse sol e calor teria ficado pra passar meu veraneio em Natal, pois quando decidi vir pra Europa em Janeiro sabia que iria encontrar muito frio por aqui. Foi aí que comecei a sair de casa, com aquela neve caindo na cabeça, batendo no rosto e entrando nos olhos e aproveitar tudo isso! Passei a tirar foto dos carros congelados de manhã cedo, dos lagos congelados... Tudo isso pra depois poder mostrar à minha família e aos meus amigos.
Por incrível que pareça, diante de tantas dificuldades no meu estágio, eu também comecei a perceber que sentiria falta do AKH, o hospital onde fiz estágio. Comecei então a entrar nele e apreciar e decorar cada parte dele: seus restaurantes, cafés, supermercados, padarias, lojas de roupas, sapatos, relógios, salão de beleza, tabacaria... Eu nunca havia visto um hospital tão shopping!!! Eu sabia que iria lembrar dele com uma certa saudade.
O sistema de transportes de Viena então, que saudade eu iria sentir! Meu Deus, ter um metrô perto da minha casa que me leva pra todo canto da cidade em poucos minutos e que passa sempre de 3 em 3, 4 em 4 ou 5 em 5 minutos... Chegar na estação do metrô e olhar pro painel e ver quanto tempo falta pra ele chegar. Ter um mapa de todas as linhas de metrô, ônibus, tram, trem, tudo isso nas minhas mãos e sozinho saber como chegar a qualquer lugar sem ser necessário ficar perguntando a um e a outro. O sistema de transportes de Viena é admirável!
Sim, não tinha como não sentir saudade de tanta civilidade: os carros que sempre param quando os pedestres começam a travessar as faixas, as pessoas utilizando a escada rolante de forma tão eficiente (parados à direita; andando á esquerda) e todo mundo cumprindo isso sempre, sem ninguém se esbarrar nem gritar com ninguém.
Eu tinha certeza que iria sentir saudade de cada construção daquela cidade: o palácio de Schonbrunn, Complexo de Holfburg, o Parlamento, a Prefeitura, os parques de Freud e Mozart, a Ópera de Viena (assistir Otello nela e me deslumbrar, mesmo sem ser um admirador de óperas), o centro de Viena com suas ruas que parecem calçadas e suas lojas estilo lojas dos nossos Shoppings Centers...
Eu sabia, tinha certeza que iria sentir falta de cuidar de mim todos os dias, cuidar da minha vida, planejar meus dias, meus próximos passos, minhas viagens de fim de semana, me preocupar e planejar e replanejar meu orçamento.
Eu sabia que iria sentir saudade de sentir saudade de casa, da minha família, dos meu amigos... Ia sentir saudade de sentir saudades deles à noite, sozinho no meu apartamento sem ter ninguém pra conversar comigo. Sim, eu ia sentir saudades de ter que rezar pra me sentir mais perto deles, de pedir a Deus pra não me deixar só nenhum segundo para eu não sentir solidão (e nunca senti, mesmo estando sozinho).
Eu sabia e tinha certeza que quando saísse de Viena eu iria sentir saudades do Fernando (chileno), Eduardo (peruano) e do Rodrigo (cearense)... Das nossas aventuras vividas juntos, dos risos, medos, desesperos, correrias pra pegar o trem, o metrô. Eu sabia que ia sentir muita falta de durante o almoço começar a combinar com o Rodrigo o que fazer à tarde e à noite. Estava certo de que sentira saudades, também, de sair todos os dias pra conhecer novos lugares e me surpreender com toda aquela beleza de Viena.
Bem, tudo isso pode parecer estranho pra quem nunca viveu algo assim parecido, ou pra quem nunca se permitiu viver. Quem me conhece sabe que eu me permito viver os meus momentos da forma como Deus me coloca cada um deles. Eu não tenho medo de sentir saudades nem dizer que sinto. Não tenho medo de chorar, de rir na hora que quero... Também não tenho medo de enfrentar o desconhecido e foi por isso que vivi tudo isso!
Na minha última semana em Viena, saí todos os dias. De manhã ia pro estágio, como sempre. De tarde ia conhecer a cidade. À noite tomava uma cerveja e ia pra casa. Isso sempre na companhia de alguns dos colegas (sempre o Rodrigo) e às vezes do Eduardo ou do Fernando.
Na minha última noite em Viena, decidi ir patinar no gelo na frente da prefeitura. A pista de patinação lá é gigante, cheia de trilhas por entre os jardins da frente da prefeitura e duas pistas grandes principais... Tudo isso lotado de pessoas: crianças, jovens, adultos... Todos caem, uns choram, outros riem... Alguns dão um show à parte! Eu apernas patinei com a neve caindo na minha cabeça e ouvindo “ai se eu te pego” tocar na rádio de Viena. Eu tava ali patinando, na frente daquele prédio belíssimo, com tantas luzes, num frio de uns – 5º C, com a neve caindo, música tocando, na companhia de novos amigos e pensando comigo “essa é minha última noite aqui”! Eu estava feliz, muito feliz!
No meu último dia ainda saí de manhã para conhecer alguns lugares. À tarde fui pegar meu trem e tinha combinado com o Rodrigo de dar meu tickt de um mês do metrô pra namorada dele que havia chegado a Viena 2 dias antes de eu ir embora de lá. Na hora combinada, na minha plataforma, ele chegou pra pegar o ticket. Ficou um tempo conversando comigo (estava – 8º C), depois tirou um chaveiro de Fortaleza do bolso e me deu dizendo que era o último e havia guardado pra mim. Eu recebi, agradeci e não me levantei pra dar nenhum abraço. Disse apenas obrigado e dei tchau. Eu sabia que não queria me despedir. Apenas disse tchau como se a gente fosse se encontrar no outro dia, almoçar juntos, combinar o que fazer à tarde e à noite e sair pra conhecer Viena.
Quando ele saiu, meu trem chegou logo em seguida e eu sabia que tinha acabado aquele sonho, um dos melhores sonhos que já vivi. Tinha acabado, mas as recordações seriam pra sempre. Saindo de lá, desejei um dia voltar à Viena com minha família e mostrar tudo a eles.
Queria finalizar dizendo a todos vocês que sonhem... Nunca deixem de sonhar porque o sonho parece algo distante de ser realizado! Não deixem de viver o momento que Deus lhes oferece porque ele parece difícil! Viva-o mesmo assim! Enfrente-o! E tirem proveito de tudo, de tudo mesmo, ainda que você ache que não há nada que se aproveitar, porque sempre terá.
Por fim, gostaria de agradecer às pessoas que sempre acreditam nos meus sonhos mais ousados e me ajudam a torná-los realidade. Não citarei nomes, mas essas pessoas, com certeza, sentirão que esse meu agradecimento é para elas.
Grande abraço e que Deus abençoe a cada um de vocês!!!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Meu primeiro fim de semana em Viena: encontro com vários amigos!!!


Bem, durante minha primeira semana Rodrigo (cearense) e Fernando (chileno) me convidaram para ir pra Praga com eles no fim de semana. Eu gostaria muito de ter ido com eles, mas não fui por dois motivos: tinha combinado de me encontrar aqui em Viena no sábado com um casal de amigos aqui da Europa que estiveram em Natal no ano passado e que começaram a namorar lá e estão juntos até agora (Simona - eslovaca e Luigi – italiano); o segundo motivo era que eu já iria pra Praga quando terminasse meu estágio aqui em Viena e já estava, inclusive, de passagem comprada para o dia 27 de janeiro de 2012. Dessa forma, tive que recusar o convite deles!

Meu final de semana aqui começou na sexta porque dia 06 de janeiro foi feriado aqui por conta do dia de Reis (pois é, aqui também é feriado e em muitos outros países da Europa). De manhã dormi até umas 9h porque estava precisando descansar. Depois que acordei, tomei meu café, abri o meu guia e comecei a ler pra decidir onde iria. Decidi então que iria à ilha do Danúbio, o lugar onde os Vienenses vão no verão para tomar banho, andar de bicicleta, patins, skate, caiaque... Enfim, dizem que lá é a praia deles. Então, peguei meu mapa e saí pra lá. O dia aqui estava ensolarado (mas frio, claro) e quando cheguei lá achei o lugar bem bonito! Claro que nada que se compare às nossas praias, mas pra eles que não têm praia, aquele pedaço de rio deve ser bem valorizado. O lugar é arborizado e tem uma paisagem bonita. Apesar de ser inverno havia algumas pessoas lá fazendo qualquer coisa, menos tomando banho no rio.

Quando saí de lá fui ao centro da cidade conhecer locais que ainda não havia conhecido. Então, desci em uma estação de metrô que nunca havia descido (gosto de fazer isso pra conhecer lugares novos) e saí caminhando sempre em direção ao centro. A estação era no anel que circunda o centro de Viena. Logo que desci do metrô comi uma pizza no meio da rua mesmo, nuns quiosques que têm muito por aqui que vendem pizza, kebab, os típicos sanduiches de linguiça, doces... Uma infinidade de comidas que eles gostam! Comer nesses lugares só tem um problema... Eu não sei porque esse povo tão evoluído, vivendo no primeiro mundo, tem o costume de pegar na comida da gente com as mãos, sem luva alguma ou guardanapo. Muitas vezes a gente ver eles recebendo nosso dinheiro e depois pegando direto na nossa comida com a mesma mão. É foda! Mas tive que me acostumar com isso porque vi isso se repetir em várias cidades!!!

Depois do lanche saí andando em direção ao centro e conhecendo parques, monumentos, o museus, uma infinidade de coisas. Caminhei pelas ruas sem pressa! Eu estava sozinho, era uma sexta-feira e eu podia gastar o tempo que quisesse por ali. Quando me cansei de caminhas, já de noite, voltei pra casa.

Quando cheguei em casa vi no meu face uma mensagem de uma amiga minha do 9º período de Medicina da UFRN dizendo que tinha chegado aqui em Viena naquela sexta e perguntando se eu queria encontra-los no sábado de manhã na praça central. Obviamente que quis e sábado, no horário marcado, encontrei com eles. Andei com eles por lugares que eu, na maioria, já havia andado antes porque eles não conheciam e eu fui meio que guiando (com minha humilde vivência de uma semana aqui). Andamos o final da manhã e a tarde toda. À noite, eles compraram ingresso para ver um concerto em Schömbrunn e eu fiquei em casa porque já havia comprado pra ver com meus colegas na segunda-feira.

No domingo de manhã nos encontramos em Schömbrunn, agora para ver os jardins que o cercam e entrar no museu em seu interior (aquele museu que já havia me referido a ele no meu post da primeira semana aqui em Viena). Lá encontramos também com Simona e Luigi. Juntos, entramos no palácio para conhecer o museu que conta a história da família real. O palácio por dentro é belíssimo e entrar nele vale muito à pena e eu recomendo a todos que vierem aqui. Depois que saímos de dentro do palácio caminhamos pelos jardins num frio de rachar! Quando não aguentamos mais voltamos para o centro da cidade e fomos almoçar no Nordsea. É estilo um fastfood de frutos do mar que tem aqui. Um dia, durante a semana, eu havia comprado uma caixa lá com camarões empanados e batatas que alimentava bem e custava apenas 4,99 euros. Então, decidimos entrar lá porque, com base nisso, achamos que o preço seria bom! Nos lascamos! Era bem carinho e já de prato feito, no caixa pra pagar n dava pra desistir. Eu paguei 22,00 euros por esse almoço, mas minha colega de Natal pagou 42,00 euros!!! Dava pra ter almoçado num bom restaurante daqui!!!

De lá ainda saímos para ver mais coisas: prédios famosos, parques, igrejas... Por fim, deixei eles no complexo de Habsburgo porque eles iam entrar no museu de lá. Eu não entrei com eles porque eles só tinha 45 min e pra mim não valia à pena, já que poderia ir em outro dia com bem mais tempo. Foi aí que me despedi deles e voltei pra casa.

Bem, esse foi meu primeiro fim de semana aqui em Viena. Ter tido a companhia dos amigos de Natal, além de ter reencontrado Simona e Luigi foi muito bom! Quando abracei meus amigos lá no museu e saí pra casa, meio que senti que estava sozinho de novo e que esse sentimento ia perdurar por mais três semanas!

No meu próximo post vou falar da minha segunda semana em Viena!!! Abraços em todos e saudades!!!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Minha primeira semana em Viena


Olá amigos, vou contar agora pra vocês como foi minha primeira semana aqui em Viena.
Diante do ocorrido na minha chegada a Viena, meus primeiros dias aqui foram, na verdade, um momento de superação. Eu precisava vencer a raiva que estava sentindo da minha contact person, da minha host, da AMSA (IFMSA de Viena)... Confesso a vocês que na segunda-feira de manhã eu ainda estava totalmente desorientado, de forma que não dava a mínima para o que as pessoas falavam pra  mim... Parecia que nem as estava vendo!
Na segunda-feira de manhã eu tive que me encontrar com minha contact person às 7h45 no Hospital (AKH). Pra tá lá esse horário, e como era a primeira vez que eu iria fazer esse caminho, precisei acordar cerca de 5h30 da manhã, o que não é fácil, pois aqui faz muito frio (uma média de 3º C, mas com dias bem mais frios que isso chegando a temperaturas negativas). Além disso, quando o sol aparece aqui em Viena, ela só nasce lá pras 8h30, ou seja, eu sempre acordo e chego ao hospital no escuro. Quando eu cheguei lá, conheci minha contact person, que apenas se desculpou comigo pelo ocorrido e nada mais! Além dela, conheci um chileno, o Fernando, que faria estágio comigo na Neurocirurgia e o Rodrigo, cearense que ia fazer estágio na Traumatologia. Conversamos rapidamente e saímos pro nosso primeiro dia de estágio.

No meu primeiro dia de estágio, meu tutor (um coreano que se esforçava bastante pra falar inglês conosco – o chileno e eu) passou a manhã nos entregando papeis e rodando todo o hospital conosco, nos mostrando cada canto dele e sempre elogiando bastante a tecnologia dele – um marketing gigante! Não posso negar que em termos de tecnologia eles estão, aqui, anos-luz de nós aí no Brasil. Pra vocês terem uma ideia, o hospital universitário deles é formado por três torres: duas têm 19 andares e terceira (a da Neurocirurgia) tem 12 andares. No térreo tem restaurantes, cafés (inclusive o Starbucks), padaria, supermercado, loja de roupas, de calçados, de relógios, floricultura, salão de beleza, o correios deles aqui, bancos e até, acreditem, uma TABACARIA!!! Ou seja, o hospital deles é quase um shopping!!! Mas não é por conta disso que estou dizendo que eles tão bem avançados em relação a nós: o centro cirúrgico deles é super moderno, com monitores espalhados dentro das salas de cirurgia, através dos quais os alunos podem acompanhar as cirurgias (não dá pra ficar todos os alunos em cima dos cirurgiões vendo tudo). As portas das salas de cirurgias são automáticas – nada de tocar nelas para poder entrar. Além disso, eles têm alguns robôs daqueles que fazem a cirurgia pelo cirurgião (kkkkkkkk). Na hora de colher sangue, nada de dar várias furadas nos pacientes... Eles usam aqui aquele mesmo sisteminha que o Centro de Patologia de Natal usa: furam o paciente apenas uma vez e colhem vários tubos de sangue! Algo que achei bem interessante é que aqui, quem faz as medicações intravenosas nos pacientes, inclusive a substituição dos soros, não são as enfermeiras (ela não podem fazer isso). Os médicos, leia-se os estudantes de Medicina, são quem fazem isso!  E nada de tirar soro do escalpe pra fazer medicação! O escalpe deles têm vários acessos, de forma que você usa um dos livres para fazer as medicações, que nunca vão direto no soro! Elas já vêm todas na diluição certa, dentro de frasquinhos transparentes de vidro, iguais de remédios. Esses frasquinhos nós penduramos igual o soro e conectamos o escalpe dele a uma das entradinhas do acesso do paciente!

Pra não falar o que faço nos meu estágio a cada post, vou resumir aqui o que faço todos os dias (porque é sempre a mesma coisa): chego ao hospital sempre às 7h15 e vou para as enfermarias fazer as medicações dos pacientes, um por um. Depois disso, passei uma semana e meia indo assistir ao morning meeting, que nada mais é um encontro dos médicos, e estudantes que desejam ir, após a visita aos pacientes, onde eles discutem todos os casos. Os exames de imagem ficam sendo projetados num telão e eles ficam discutindo os casos. Como a maioria dos exames são de ressonância ou tomografia, apenas rolando o botão superior do mouse as fatias dos exames vão passando, bem sequencialmente, de forma perfeita! E porque você só passou uma semana e meia indo pra isso, Ednor? Pois é, porque lá eles falam apenas em alemão, pois não iriam todos falar em inglês apenas pela minha presença e a do chileno. Então, depois de uma semana e meia não aguentamos mais ficar ali assistindo uma coisa sem entender PN do que estava sendo dito, de forma que nosso próprio tutor nos liberou! Então, depois disso, todos os dias íamos ao centro cirúrgico assistir às cirurgias. Apenas assistir, pois estudantes daqui jamais entram em cirurgias!!! Depois disso, por volta de 11h30 -12h, eu ia almoçar no restaurante do hospital (Mensa) e de lá saia pra fazer o que quisesse.

Na primeira semana, sempre que saía do meu estágio, ia pro centro da cidade com o Fernando e o Rodrigo conhecer os pontos turísticos! Alguns dias, na primeira semana, eu fui pra casa ao invés de sair pra passear, ou porque estava muito cansado, ou porque tinha muitos trabalhos da IF pra fazer! Mas na maioria dos dias, saindo do almoço eu ia conhecer Viena.

Nessa mesma semana conheci o Palácio de Schönbrunn. Esse palácio era a residência de verão da família real, na época do império, e hoje tem um museu em seu interior que conta a história da família real. Ao redor dele há um jardim imenso e belíssimo, cheio de estátuas, fontes, esquilos (eu vi vários =D), zoológico e até um labirinto que não pude entrar porque fica fechado no inverno – como muitas coisas aqui!

Também na primeira semana, conheci o complexo de Hofburg, composto por dois prédios que foram a casa administrativa dos Habsburgo. Conheci ainda a catedral de Viena, que fica na praça central da cidade, e é belíssima!!! Além disso, conheci ainda o Parlamento e museu de arte moderna e história natural (um de frente pro outro).

Queria terminar esse post fazendo algumas considerações que julgo relevantes a respeito dessa minha primeira semana aqui em Viena. A primeira, e mais importante, é que aqui fiquei sozinho num flat que tem um quarto com cozinha acoplada e um banheiro. Tenho uma TV que nunca ligo, primeiro porque já não vejo TV normalmente e segundo porque tudo que passa nela é em alemão; tenho também internet (graças a Deus, se não eu teria pirado fácil); um rack, um guarda-roupas, duas mesas, 3 cadeiras e um beliche só pra 1 pessoa – eu! Foi nesse lugar que morei essas 4 semanas! O fato de ter ficado aqui sozinho me ensinou muito! Eu sempre valorizei minha família e meus amigos e quem me conhece sabe muito bem disso! Mas aqui tão longe e sozinho, passei a valorizar ainda mais. Senti saudades deles todos os dias dessas 4 semana e não teve um só dia que não pensei em cada um deles, inclusive em Tobby (meu cachorro). Lembrava da comida da minha mãe, de como era bom chegar em casa e ter minha família, ter quem beijar, abraças, conversar. Aqui eu não pensava no meu quarto, no conforto da minha cama, em nada disso! Porque tido isso não é nada, ou é apenas o de menos! Eu pensava apenas nas pessoas que mais amo nesse mundo: a minha família! De noite, antes de dormir, sempre sozinho, eu juntava minhas mãos e rezava agradecendo a Deus por tê-los comigo! Eu, diante de toda a minha saudade, agradecia a Deus por estar aqui, pela oportunidade que ele estava me dando de crescer, evoluir!!!

Aqui também, eu pensava nos meus amigos e em como eles fazem os meus dias serem dias felizes! Eu lembrava das brincadeiras com cada um deles, dos momentos juntos, dos lanches no final dos dias, dos almoções juntos entre a aula da manhã e a da tarde, dos lanches nas noites dos fins de semana... Mas, principalmente, eu lembrava do abraço deles, das palavras de apoio nos meus momentos difíceis... Aí eu parava aqui sozinho, tinha vontade de falar com eles, de ter a companhia deles... E eu não tinha! Mas isso também foi bom, porque aí, eu tive que construir novas amizades, conhecer novas pessoas... Parar e me dirigir a elas, conversar com eles, dar um pouco de mim e receber um pouco delas!

Minha primeira semana foi tudo isso que contei pra vocês, esses acontecimentos e esse misto de sentimentos!!!

Queria terminar esse post fazendo dois agradecimentos: á minha família, as pessoas que mais amo nesse mundo; e aos meus amigos, através de uma pessoa que foi importantíssima pra mim nessas 4 semanas aqui. Acreditem: ela exigiu que eu arrumasse internet no meu celular pra falar com ela pelo whatsapp... Aí ela mandava mensagens pro meu whatsapp tipo assim: entre agora no Skype que quero falar com você! Outras vezes, quando eu entrava no metrô indo e voltando pra algum lugar, ela conversa comigo o caminho inteiro até eu dizer: não posso mais falar porque cheguei na minha estação e vou descer. Outras vezes, ela mandava mensagem (quando eu passava alguns dias sem dar notícias e dizia assim: quero falar com você! Eu exijo os meus direitos! (kkkkkkkkkkk) Dodô, meu filho, obrigado por tudo! Obrigado por ter se preocupado tanto comigo durante todo esse tempo e me dado tanto apoio. Obrigado pela companhia – você foi capaz de se fazer presente com um oceano de distância entre nós! Obrigado pela amizade de sempre! Grande abraço!

Obs.: Meu próximo post será sobre meu primeiro fim de semana aqui em Viena!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Minha chegada em Viena: fui salvo pelas mãos de Maria!!!


Olá, amigos que gostam de acompanhar esse blog! Conforme havia prometido, irei escrever agora sobre a minha chega em Viena e explicar, com detalhes, tudo que vivi naquele dia 1º de Janeiro de 2012. Preparem-se, porque esse é o post mais importante de toda a minha viagem, até agora! Obs.: Ele é muito grande e sei que apenas os grandes e verdadeiros amigos, as pessoas que me amam, serão capazes de lê-lo até o fim. Para vocês que farão isso, vocês vão viver do melhor da minha viagem!!!

Bem, antes de eu vir pra Viena, quando ainda estava em Natal, comecei a estabelecer contato com minha host. Me apresentei a ela, expliquei direitinho dia e horário que eu chegaria em Viena (na verdade já havia enviado essas informações 2 meses antes do início do meu estágio) e perguntei como eu fazia para chegar na casa dela. De cerca de 5 e-mails que enviei, tive apenas 2 respostas. Uma primeira me dando boas vindas e dizendo que gostaria muito de me conhecer pessoalmente. O segundo, foi um e-mail que recebi logo que cheguei aqui na Europa (ainda estava em Lisboa) avisando que ela não estaria aqui em Viena no dia que eu iria chegar e me perguntando como fazer para entregar as chaves do meu apartamento. Respondi o e-mail dela dizendo que ela poderia deixar as chaves com alguém e me passar os contatos da pessoa, que eu pegaria as chaves com ela sem problema. Depois desse e-mail, não obtive mais resposta alguma dela, apesar de ter enviado mais uns 3.

Dessa forma, quando cheguei em Viena eu não sabia ainda como teria as chaves do meu apartamento. Na verdade, nem ela nem minha contact person, nunca haviam me enviado um e-mail, sequer explicando como chegar ao meu apartamento (pegue um trem até Wien Mitte, de lá pegue a linha U4 do metrô até Ober St. Vett e de lá siga por tal rua até Hitzinger HaupstraBe, pegue a direita, ande mais uns 50 metros e você estará em casa. Custava fazer isso? Por certo sim, porque elas não fizeram.

Então, quando eu cheguei no aeroporto de Viena, sem saber como chegar na minha casa, tendo apenas o endereço, comecei a fazer várias ligações para minha host e minha contac person, mas nenhuma das duas me atenderam (fiz as ligações do meu Skype pelo iPod, pois no aeroporto tinha internet de graça). Liguei até pra NORE da Áustria pra pedir ajuda, mas o contato que estava no Database era da antiga NORE e ela disse que nada poderia fazer para me ajudar. Então, enviei um e-mail pra minha contac person dizendo que já estava em Viena, mas que não sabia como pegar as chaves do meu apartamento.

Decidi não ficar esperando pela resposta e tentar chegar ao meu apartamento e lá perto procurar um café, ou algum outro lugar que tivesse internet pra ficar tentando o contato com minha host ou minha contact person, até resolver a situação. Então, segui para o posto de informações turísticas do aeroporto de Viena, mas, pra minha surpresa, encontrei um aviso na frente dizendo que não iriam abrir no dia 1º de janeiro. Então, como não tinha como pegar mapas da cidade nem do metrô, decidi procurar meu apartamento apenas perguntando às pessoas.

Em um dos e-mails que minha contact person havia me enviado, ela explicava como sair do aeroporto para a estação Wien Mitte (no centro de Viena). Então, fiz exatamente isso. Quando cheguei lá, tentei buscar algum lugar que tivesse internet para tentar comunicação com uma das duas, mas estava absolutamente tudo fechado... Como era dia 1º de janeiro todas as lojas, cafés, bares, shoppings, supermercados... Absolutamente tudo estava fechado. De longe, vi um Starbucks Coffee e decidi tentar acessar a internet deles. O café estava fechado, mas tive sorte de apenas na frente conseguir o acesso á internet dele. Porém, o máximo que consegui foi ler a resposta do e-mail que havia enviado à minha contact person, quando eu tava no aeroporto, no qual ela dizia apenas que havia falado com a minha host e que o marido dela me daria as chaves do meu apartamento às 18h, na frente do apartamento... Além disso, apenas o telefone do marido da minha host. Pra meu asar, e que asar, meu iPod descarregou e, dessa forma, adeus internet!

Perguntando a um e a outro, consegui chegar ao meu apartamento. Como era num bairro extremamente residencial, as pessoas não sabiam dizer direito onde era especificamente o meu apartamento, apenas a rua. Dessa forma, me fizeram descer 2 estações antes da que eu deveria... De forma que depois tive que pegar um ônibus e ainda andar mais uns 20 minutos. Um agravante de tudo isso, era que eu estava com meu mochilão e mais um mochila pequena, onde os dois juntos somavam uns 16 kg, e estava fazendo 3º C em Viena e ainda mais chuviscava! Obs.: Pra quem acha que saber apenas o nome da rua já era grande coisa pra chegar ao apartamento, gostaria de dizer (para os que conhecem Natal) que a rua era tão longa quanto a Jaguarari e que o número do meu apartamento era o 142ª e me fizeram descer na Prudente, ali onde começa o prolongamento. Ali onde fica o Green Viellage, era a casa número 1... O meu apartamento (142ª) seria mais ou menos na altura do Hospital da Hapivida e meu ônibus foi apenas até a Bernardo Vieira (tudo isso é uma analogia para que vocês entendam melhor meu trajeto todo).

Bem, depois de tudo isso, cheguei ao meu apartamento. Era por volta das 14h30 e eu teria que esperar até as 18h (supostamente), na rua, num frio de 3º C e chuviscando. Não, não tinha guarita... Os prédios aqui não são como aí em Natal. A porta de entrada deles já dá pra rua... Eu no máximo teria que me abrigar num recuo de parede. “Ednor, seu burro, porque você não procurou um supermercado pra ficar, um café, um shopping???”. Sim, eu procurei tudo isso, rua a cima rua a baixo. Perguntando a um e a outro, mesmo todos me desiludindo dizendo que estava tudo fechado. Mesmo assim eu não acreditava e continuava a procurar um lugar pra me abrigar até as 18h. Alguém ainda poderia dizer: “Jumento, porque você não foi ficar, pelo menos, na estação de metrô? Vocês estão esquecidos do que eu contei que andei para vir da estação até o apartamento? Vocês realmente acham que eu tinha condição de fazer esse trajeto mais 2 vezes (ir e voltar) com 16 kg nas costas + 3º C + chuva + o cansaço de 10 dias de viagens??? Não, eu não tinha... Se isso é ser fraco, eu fui fraco, pois não tinha forças pra isso!

Foi aí que achei um Hotel aqui perto. Entrei e supliquei à recepcionista para ficar na recepção do Hotel apenas para me proteger do frio... Foi aí que ela me respondeu que eu poderia ficar apenas se pagasse 95 euros!!! Acreditem: 95 euros pra ficar só na recepção!!! 190 euros se eu quisesse me hospedar!!! Botei meu rabo entre as pernas e saí do hotel! Cortina o nome dele! Quem for meu amigo, não se hospede nunca!

Então, fiquei na rua, na frente do apartamento, de baixo de chuva e no frio de 3º C até a hora que não aguentei mais o frio. Foi aí que saí andando e vi uma senhora (de uns quarenta e poucos anos) descendo do carro pra entrar num banco. Eu não aguentei e implorei a ajuda dela! Olhei pra ela com os olhos cheios de lágrimas e pedi que me ajudasse (em inglês claro, porque este que vos escreve não sabia uma palavra em alemão – agora sei umas poucas). Ela, supreendentemente, parou e me ouviu. Vendo minhas lágrimas e a forma como falei, acreditou em mim. Abriu o carro dela, me botou dentro e ligou o aquecedor para amenizar o frio que eu tava sentindo.

Depois disso, me explicou que tinha que ir na casa de uma pessoa e perguntou se queria ir com ela pra não ficar no frio e me prometeu trazer de volta às 18h. Não pensei nenhuma vez e fui com ela, mesmo inseguro! Não desci na casa da pessoa... Esperei por ela no carro. Quando ela voltou, me pediu o telefone do marido da minha host e eu dei pra ela. Ela ligou pra ele e o infeliz disse que iria se atrasar e que só chegaria às 19h30, pois estava num trem voltando de uma cidade vizinha. Então, ela me disse que iria ligar pro marido dela pra explicar o que tava acontecendo, pois não tinha como me levar pra casa dela sem explicar nada a ele antes. Ela ligou pra ele, falou com ele, sem que eu entendesse uma palavra, e depois me levou pra casa dela. Chegando lá, o filho dela me emprestou o computador dele, momento em que consegui falar com meu irmão no Brasil e dar notícias a ele dizendo que eu estava bem. Além disso, ela me trouxe água e comida e me deu de comer e de beber!!!

Quando deu 19h30, ela me chamou, me botou dentro do carro dela e me trouxe de volta pro meu apartamento. Aqui na frente, ela ligou pro marido da minha host, que saiu e me deu minhas chaves. Depois disso, eu me despedi dela rapidamente. Falei do quanto ela havia sido importante pra mim e que quando eu chegasse ao Brasil falaria sobre ela à minha mãe. Disse a ela que ela havia salvado minha vida e que eu não tinha palavras para agradecê-la.

O mais absurdo de tudo, foi que não perguntei nome dela em momento algum. Ela sabe meu nome, sabe que sou brasileiro, natalense, que vim estudar Medicina aqui por um mês, mas eu não sei nada dela. Não lembro onde fica a casa dela, não sei voltar lá... Não sei nome dela, do filho, do marido!!!

Dias depois fiquei recordando tudo isso novamente... Fiquei lembrando de quantas vezes levei algumas de minhas amigas (em especial duas delas) para serem Maria em minhas palestras. Ninguém que assistiu às palestra nunca soube o nome delas! Naquele momento, elas foram Maria (a mãe de Jesus) na vida daquelas pessoas. Quantas vezes agradeci a Léo (que toca e canta pra mim) pelo nome dele e nunca agradeci a nenhuma delas pelo nome delas (sempre digo: obrigado à minha Maria de hoje). Pois bem, Deus também quis que eu não soubesse o nome dessa mulher nem nada dela, para que ela fosse a Maria na minha vida naquele dia aqui em Viena. Eu já pensei em tudo que poderia fazer para acha-la novamente, mas não fui capaz de encontrar nenhuma forma! Então, todas as noites, eu agradeço a Deus por ter me enviado Maria, naquele dia, para interceder por mim e me salvar... Eu agradeço a Deus por Ele ser tão perfeito, de forma que mesmo tão distante da minha mãe terrena, ela ter materializado uma mãe pra mim aqui em Viena, através de Maria, que fez por mim exatamente o que minha mãe faria: me aqueceria, me daria água e comida!!!

Eu nunca vou esquecer disso!!! Nunca!!! E enquanto eu viver irei contar às pessoas mais esse milagres que Deus fez na minha vida através de sua mãe, Maria!

“Obrigado mãe, por me amar e estar sempre comigo, mesmo eu me esquecendo de ti tantas vezes, mesmo eu pecando tanto contra ti. Mesmo assim, estás sempre comigo! Obrigado por ser minha mãe e minha fiel intercessora!”

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Rèveillon em Berlim - Alemanha

Olá, pessoal! Queri pedir desculpas a vocês pela demora em publicar aqui, mas é que meu tempo realmente tem sido curto aqui, principalmente nessas últimas semanas!


Bem, vamos falar um pouco de como foi meu ano novo em Berlim... Quando eu ainda estava em Natal, fiz uma pesquisa de onde passar o ano novo na Europa. Eu e meus amigos queríamos um lugar que tivesse festa e fosse animado. Me informando com vários amigos que já passarem ano novo aqui na Europa, percebi que muitos me falavam mal do Rèveillon de Paris, lugar que havia sido primeira opção de um dos meus colegas. Depois, falando com uma amigo-professor (Marco Aurélio), ele me aconselhou passar em Berlim. Tremenda dica! O ano novo lá foi realmente muito bom!!!


Nós fomos a Berlim praticamente pra festa de ano novo, mas como chegamos lá na noite do dia 30, tiramos o dia 31 inteiro para conhecer o máximo de coisas possíveis em Berlim (não dava para se conhecer muito, pois Berlim tem muito o que se ver e nosso tempo era realmente curto). Na noite do dia 30, ficamos no hostel mesmo, pois chegamos em Berlim bem cansados. Compramos umas cervejas alemãs, de vários tipos, e passamos a noite degustando cada uma delas. Depois disso fomos dormir!!!


No dia 31, saímos logo cedo para conhecer um campo de concentração (o mais próximo de Berlim). O local ficava a cerca de 2h de Berlim e para chegar lá era preciso pegar uma linha do metrô até a última estação, depois um trem até sua última estação também e depois caminhas cerca de mais 20 min. Quando chegamos ao local, o museu estava fechado por ser dia 31, mas o campo de concentração estava aberto para visita. Eu realmente recomendo a visita a esse lugar para quem gosta de reviver fatos importantes da nosso história. Durante toda a manhã caminhamos por esse campo de concentração conhecendo cada local deles, cada detalhe!!! Ao ler algumas escrituras escritas na parede (em inglês, graças a Deus) eu realmente conseguia imaginar como havia sido aquele cenário no passado, o que aquelas pessoas que estiveram ali haviam passado naquele local. Cada, muro, cara túmulo do cemitério que há dentro do próprio campo de concentração, com um clima totalmente frio e sombrio, cada alojamento, cada destroço de alojamentos destruídos, a câmara de gás, o local onde as pessoas eram assassinadas a tiros... Tudo isso podia ser visto naquele local. Como já falei, a visita vale muito à pena, principalmente se você se interessa pelo assunto!!!


Quando saímos do campo de concentração já era praticamente meio-dia. Então almoçamos lá por perto e começamos a fazer nosso caminho de volta até o centro de Berlim, onde conhecemos uma praça e alguns monumentos importantes. De lá, fomos conhecer o Checkpoint Charlie (local por onde os habitantes da Alemanha Oriental tinha que passar ara receber o carimbo de permissão de entrada no lado Ocidental) e logo em seguida o Muro de Berlim. 


À noite, saímos pro Portão de Brandemburgo com uma brasileira que conhecemos no hostel e mais uma coreana muito louca (amiga dela). No caminho para o portão, ainda fizemos uma parada para conhecer o prédio do parlamento. Ao chegarmos ao local da festa, achei que jamais chegaria perto daquele portão pela enorme quantidade de pessoas que já se encontrava aglomerada na frente dele. Falava-se em cerca de 2 milhões de pessoas!!! Foi que teve uma hora que um dos meninos falou: "Será que conseguiremos chegar até o portão?". E a coreana disse: "Você tem alguma dúvida disso?". Bem, nos fomos seguindo a coreano louca que foi furando a multidão e nos levando até o portão. O trajeto toda para atravessar toda aquela multidão durou cerca de 1h30. O detalhe foi que entramos o ano novo a cerca de apenas 50 metros do portão. A entrada do ano foi realmente belíssima, cheia de fogos, luzes, músicas, pessoas se abraçando, confraternização com um grupo de brasileiros que encontramos lá... Enfim, posso dizer que um Rèveillon na Europa que realmente vale à pena. A dica do amigo Marco Aurélio, realmente foi muito boa!!! Apesar de tudo isso, na hora da virada, eu mal consegui estar naquele local, pois na minha cabeça só vinha a minha família (meus pais, meus irmãos, meus parentes próximos) e meus grandes amigos... Pessoas que naquele momento estavam tão distantes e ao mesmo tempo tão próximas, ao ponto de fazer com que o sentimento de saudade delas, naquele momento roubasse de mim a oportunidade de viver aquele momento ali em frente ao portão de Brandemburgo! Ou olhava pro céu, via todos aqueles fogos, tantas luzes colorias, tanta gente gritando, levantando seus copos no alto pra brindar, se abraçando, bebendo... E eu só lembrava da minha família e dos meus amigos, as pessoas mais importantes da minha vida, por quem eu deveria realmente agradecer a Deus, naquele momento, por tê-las tido ao meu lado por mais um excelente ano. E na hora, foi isso que fiz, com os olhos cheios de lágrimas agradecia a Deus a cada momento (ouvindo o barulho dos fogos apenas ao fundo) por tê-los ao meu lado e por serem tão especiais!!!


Depois do momento da virada, ainda passamos mais algum tempo tempo lá ao som de música eletrônica que deixou o ambiente extremamente animado!!! Conforme já disse e repito, é realmente um ano novo sensacional!!! Porém, algumas poucas horas após meia-noite, tivemos que voltar pro hostel, pois dois dos meus amigos sairiam pro aeroporto cerca de 4h da manhã para pegar o vôo para Atenas.


Quando chegamos ao hostel, meio que nos despedimos, e decidimos todos tirar um breve cochilo até a hora de partir (eu sairia pro aeroporto às 7h). Cerca de 5h30 da manhã, acordo assustado pois o colega Raphael que deveria ter levantado às 4h, juntamente com Patrick, para ir ao aeroporto, se levantou apressadamente, pois haviam perdido a hora. Me despedi deles rapidamente e voltei a dormir por algum tempo mais.


Às 7h, saí pro aeroporto de Berlim e mais tarde peguei meu vôo para Viena, local do meu estágio, e onde eu iria morar por 4 semanas!!! Minha viagem até Viena foi tranquila, o vôo saiu na hora, a companhia aérea era muito boa (Air Berlim) e eu cheguei em Viena na hora prevista (meio-dia do dia 1º de janeiro de 2012). No dia seguinte, eu soube que os amigos Patrick e Raphael haviam perdido o vôo, tiveram que pagar mais 60 euros para remarcar o vôo pro dia seguinte, pagar mais uma diária de albergue para ficar em Berlim por mais uma noite, além de terem gastado mais um bocadinho com o táxi que pegaram até o aeroporto na tentativa de ainda pegar o vôo.


Meus próximos posts virão todas essa semana. Serão posts sobre minha chegada em Viena, a cidade de Viena em si, meu estágio e minhas viagens de final de semana durante as 4 semanas de estágio aqui. Contarei a vocês a saga da minha chegada aqui (momento mais difícil de toda a minha viagem), meus primeiros dias aqui sozinho, como é meu estágio, os colegas que fiz aqui, os social programs e as belezas dessa cidade que é, realmente, muitíssimo bonita!!!


Abraços em todos os amigos que acompanham esse blog e, de certa forma, vivem a minha viagem!!!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amsterdã - Holanda: a cidade mais bizarra que já conheci!!!

No dia 28/12/11 chegamos a Amsterdã, já à noite! Do aeroporto pegamos um trem até uma estação central e de lá teríamos que pegar um tram para o nosso Hostel. O problema começou aí... As coisas eram escritas exclusivamente em holandês e, inicialmente, passamos o maior perrengue pra descobrir quem linha do tram tínhamos que pegar até o nosso hostel. Foi aí que pedi ajuda a um senhor que aparentemente trabalhava na estação central (fala inglês) e que foi super atencioso conosco, ligando do seu próprio celular para o nosso hostel, para descobrir como chegaríamos até lá. Pegamos o tram e pedimos ajuda à cobradora, para que ela nos avisasse quando chegássemos à nossa parada. A cobradora também falava inglês e mais tarde a gente iria descobrir que todas as pessoas nessa cidade falavam inglês (do recepcionista do hostel até o cobrador do tram).
Na noite que chegamos, ainda saímos para conhecer alguns pontos turísticos de Amsterdã e e foi aí que comecei a perceber onde eu estava. Fomos a uma praça bem famosa: Leidseplein. A praça tava bem ornamentada em estilo natalino com enfeites e luzes... Por sinal, foi a ornamentação de natal mais bonita que vi aqui na Europa nas cidades por onde passei. Foi no centro dessa praça que jantamos na nossa primeira noite... Comemos o tradicional salsichão holandês que nada mais é que uma espécie de cachorro quente de linguiça, onde você tem várias opções de linguiça e molhos para escolher. Depois de comermos, fomos passear pelas redondezas, local que era cercado por bares e pessoas de todas as nacionalidades.
Eu já havia ouvido falar muitas coisas de Amsterdã, mas ainda me impressionei com a enorme quantidade de pessoas bebendo e fumando em todos os lugares daquela cidade, independente de ser na rua, bares ou restaurantes. Sempre havia uma área para fumantes bem maior do que para não fumantes e em alguns estabelecimentos, eu nem achei área de não fumantes. O detalhe era que, na maioria das vezes, as pessoas fumam maconha e não cigarro normal. Sim, a maconha é super usada lá, juntamente com o haxixe. Onde você chegar encontrará pessoas usando essas drogas... Não acredite nunca quando alguém lhe falar que as pessoas só as usam em lugares especiais porque isso não é verdade. Lá, como já falei, encontrei pessoas fumando maconha desde bares, até em restaurantes e no meio da rua. Foi nessa noite que Patrick me chamou pra entrar em um bar super conhecido, animado e badalado de lá: Buldog! Eu entrei no bar, que realmente era animado... Era estilo um pub e havia uma mulher no centro que ficava animando a galera com um microfone... Os que se animavam, iam pro centro do pub, subiam numa espécie de palco e cantavam no karoukê. O detalhe é que eu não consegui passar muito tempo dentro do bar porque era tanta gente fumando maconha que a atmosfera só era isso e eu não conseguia respirar ar puro e já estava me sentindo tonto (embora ache que era apenas meu psicológico). Preferi beber fora do pub, numa varanda, onde também sentia-se o cheiro da maconha, só que mais suave (hauhauhauhauahua)... Foi aí que um bêbado chegou com uma garrafa de bebida na mão e tascou na nossa mesa e disse: "Look it for me!" Obviamente que nós obedecemos bem direitinho... Vedados! Depois ele voltou, pegou a garrava e disse: "Thank you"! Pelo menos ela era educado. Minutos depois ele repetiu a mesma coisa e os seguranças do bar tiraram ele de lá á força!
No outro dia, saímos logo cedo para conhecer pontos turísticos. Começamos pelo museu da Heiniken, lugar que eu gostei muiiiiiiiiiiito e indico a quem for à cidade, principalmente aos amantes de cerveja como eu. Lá, conta-se a história da criança da empresa, como é fabricada a cerveja, entre outras curiosidades sobre a bebida. No final, você entra numa sala 4D, onde você assiste ao processo de engarrafamento da cerveja do ponto de vista da garrafa. Por fim, há um momento pra degustação e uma espécie de desafia para quem quiser tentar. Obviamente que eu entrei na fila... Uma pessoa lá te dava uma aula de como botar chope numa tulipa e depois você tinha que repetir o processo bem direitinho, inclusive acertando o nível de cerveja dentro da tulipa. No final, recebi um certificado por ter participado da brincadeira =D
De lá fomos almoçar e depois saímos para conhecer o museu de Anne Frank... Acho que todos conhecem a história dessa judia que escreveu um diário enquanto vivia em um esconderijo com sua família em Amsterdã. Pois bem, esse museu conta a história dela e de sua família e é bastante interessante... Eu também indico a todos! Foi na fila de espera para entrar nesse museu que aconteceu algo bem engraçado. A fila era imensa... Acho que esperamos em torno de 1h na fila. Começou a chover fino, num frio de uns 4º C. isso tudo junto com o vento que tava fazendo, vocês podem imaginar o frio que fazia. A gente tava tremendo de frio! Havia uma senhora na nossa frente com uma sombrinha que ficava quase que 100% do tempo em forma de parabólica por conta do vento. Eu mostrei a cena a Carlos e Patrick e ficava rindo junto com eles da sombrinha da pobre da senhora. Minutos depois de dar altas risadas da parabólica dela, a senhora pediu que eu segurasse a sombrinha dela por alguns instantes... Foi aí que ela abriu a bolsa do marido dela, tirou uma sombrinha de dentro e me deu para que eu e os meninos nos protegêssemos da chuva. Eu fiquei super surpreso e arrependido de ter malhado da pobre da senhora! No final eu devolvi a sombrinha dela e agradeci e ela me respondeu em inglês: eu só queria que vocês não adoecessem, por isso peguei a sombrinha pra vocês! Não foi uma tapa na minha cara, foi um soco certeiro bem no pau da minha venta!
Desse museu seguimos para o museu do sexo. Super engraçado, mas eu esperava mais! Existem outros museus do gênero na cidade e talvez sejam melhores. De lá fomos para a Red Light District, rua onde as mulheres da vida ficam nas vitrines com roupas íntimas e minúsculas, sobre efeito de luzes especiais (luz negra). Você vai passando pelas vitrines onde elas estão expostas e elas ficam rindo pra você e te chamando. Os que desejam, entram na vitrine delas, pagam 50,00 euros e "namoram" com elas em quartos que há lá por dentro. Depois disso jantamos e fomos pra casa porque já estávamos esgotados.
No dia seguinte acordamos de manhã cedo, fizemos nosso check out, fomos conhecer um parque bem famoso de Amsterdã: Vondelpark. Passeamos bastante tempo por ele aproveitando a manhã (num frio da porra).Saindo de lá almoçamos e fomos pro aeroporto de onde partimos para Berlim.
Amsterdã é uma cidade ótima para se conhecer, principalmente para quem gosta de farra. Não considero uma cidade importante a ser visitada por um casal, ou por senhores... A não ser que tenham tempo sobrando! É uma cidade para jovens que gostam de farra e de aventuras! A cidade é bonita sim... Tem uma arquitetura bem legal, mas também é a mais suja que passamos e a que mais tem bêbados nas ruas perturbando a sua paz!