sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Rèveillon em Berlim - Alemanha

Olá, pessoal! Queri pedir desculpas a vocês pela demora em publicar aqui, mas é que meu tempo realmente tem sido curto aqui, principalmente nessas últimas semanas!


Bem, vamos falar um pouco de como foi meu ano novo em Berlim... Quando eu ainda estava em Natal, fiz uma pesquisa de onde passar o ano novo na Europa. Eu e meus amigos queríamos um lugar que tivesse festa e fosse animado. Me informando com vários amigos que já passarem ano novo aqui na Europa, percebi que muitos me falavam mal do Rèveillon de Paris, lugar que havia sido primeira opção de um dos meus colegas. Depois, falando com uma amigo-professor (Marco Aurélio), ele me aconselhou passar em Berlim. Tremenda dica! O ano novo lá foi realmente muito bom!!!


Nós fomos a Berlim praticamente pra festa de ano novo, mas como chegamos lá na noite do dia 30, tiramos o dia 31 inteiro para conhecer o máximo de coisas possíveis em Berlim (não dava para se conhecer muito, pois Berlim tem muito o que se ver e nosso tempo era realmente curto). Na noite do dia 30, ficamos no hostel mesmo, pois chegamos em Berlim bem cansados. Compramos umas cervejas alemãs, de vários tipos, e passamos a noite degustando cada uma delas. Depois disso fomos dormir!!!


No dia 31, saímos logo cedo para conhecer um campo de concentração (o mais próximo de Berlim). O local ficava a cerca de 2h de Berlim e para chegar lá era preciso pegar uma linha do metrô até a última estação, depois um trem até sua última estação também e depois caminhas cerca de mais 20 min. Quando chegamos ao local, o museu estava fechado por ser dia 31, mas o campo de concentração estava aberto para visita. Eu realmente recomendo a visita a esse lugar para quem gosta de reviver fatos importantes da nosso história. Durante toda a manhã caminhamos por esse campo de concentração conhecendo cada local deles, cada detalhe!!! Ao ler algumas escrituras escritas na parede (em inglês, graças a Deus) eu realmente conseguia imaginar como havia sido aquele cenário no passado, o que aquelas pessoas que estiveram ali haviam passado naquele local. Cada, muro, cara túmulo do cemitério que há dentro do próprio campo de concentração, com um clima totalmente frio e sombrio, cada alojamento, cada destroço de alojamentos destruídos, a câmara de gás, o local onde as pessoas eram assassinadas a tiros... Tudo isso podia ser visto naquele local. Como já falei, a visita vale muito à pena, principalmente se você se interessa pelo assunto!!!


Quando saímos do campo de concentração já era praticamente meio-dia. Então almoçamos lá por perto e começamos a fazer nosso caminho de volta até o centro de Berlim, onde conhecemos uma praça e alguns monumentos importantes. De lá, fomos conhecer o Checkpoint Charlie (local por onde os habitantes da Alemanha Oriental tinha que passar ara receber o carimbo de permissão de entrada no lado Ocidental) e logo em seguida o Muro de Berlim. 


À noite, saímos pro Portão de Brandemburgo com uma brasileira que conhecemos no hostel e mais uma coreana muito louca (amiga dela). No caminho para o portão, ainda fizemos uma parada para conhecer o prédio do parlamento. Ao chegarmos ao local da festa, achei que jamais chegaria perto daquele portão pela enorme quantidade de pessoas que já se encontrava aglomerada na frente dele. Falava-se em cerca de 2 milhões de pessoas!!! Foi que teve uma hora que um dos meninos falou: "Será que conseguiremos chegar até o portão?". E a coreana disse: "Você tem alguma dúvida disso?". Bem, nos fomos seguindo a coreano louca que foi furando a multidão e nos levando até o portão. O trajeto toda para atravessar toda aquela multidão durou cerca de 1h30. O detalhe foi que entramos o ano novo a cerca de apenas 50 metros do portão. A entrada do ano foi realmente belíssima, cheia de fogos, luzes, músicas, pessoas se abraçando, confraternização com um grupo de brasileiros que encontramos lá... Enfim, posso dizer que um Rèveillon na Europa que realmente vale à pena. A dica do amigo Marco Aurélio, realmente foi muito boa!!! Apesar de tudo isso, na hora da virada, eu mal consegui estar naquele local, pois na minha cabeça só vinha a minha família (meus pais, meus irmãos, meus parentes próximos) e meus grandes amigos... Pessoas que naquele momento estavam tão distantes e ao mesmo tempo tão próximas, ao ponto de fazer com que o sentimento de saudade delas, naquele momento roubasse de mim a oportunidade de viver aquele momento ali em frente ao portão de Brandemburgo! Ou olhava pro céu, via todos aqueles fogos, tantas luzes colorias, tanta gente gritando, levantando seus copos no alto pra brindar, se abraçando, bebendo... E eu só lembrava da minha família e dos meus amigos, as pessoas mais importantes da minha vida, por quem eu deveria realmente agradecer a Deus, naquele momento, por tê-las tido ao meu lado por mais um excelente ano. E na hora, foi isso que fiz, com os olhos cheios de lágrimas agradecia a Deus a cada momento (ouvindo o barulho dos fogos apenas ao fundo) por tê-los ao meu lado e por serem tão especiais!!!


Depois do momento da virada, ainda passamos mais algum tempo tempo lá ao som de música eletrônica que deixou o ambiente extremamente animado!!! Conforme já disse e repito, é realmente um ano novo sensacional!!! Porém, algumas poucas horas após meia-noite, tivemos que voltar pro hostel, pois dois dos meus amigos sairiam pro aeroporto cerca de 4h da manhã para pegar o vôo para Atenas.


Quando chegamos ao hostel, meio que nos despedimos, e decidimos todos tirar um breve cochilo até a hora de partir (eu sairia pro aeroporto às 7h). Cerca de 5h30 da manhã, acordo assustado pois o colega Raphael que deveria ter levantado às 4h, juntamente com Patrick, para ir ao aeroporto, se levantou apressadamente, pois haviam perdido a hora. Me despedi deles rapidamente e voltei a dormir por algum tempo mais.


Às 7h, saí pro aeroporto de Berlim e mais tarde peguei meu vôo para Viena, local do meu estágio, e onde eu iria morar por 4 semanas!!! Minha viagem até Viena foi tranquila, o vôo saiu na hora, a companhia aérea era muito boa (Air Berlim) e eu cheguei em Viena na hora prevista (meio-dia do dia 1º de janeiro de 2012). No dia seguinte, eu soube que os amigos Patrick e Raphael haviam perdido o vôo, tiveram que pagar mais 60 euros para remarcar o vôo pro dia seguinte, pagar mais uma diária de albergue para ficar em Berlim por mais uma noite, além de terem gastado mais um bocadinho com o táxi que pegaram até o aeroporto na tentativa de ainda pegar o vôo.


Meus próximos posts virão todas essa semana. Serão posts sobre minha chegada em Viena, a cidade de Viena em si, meu estágio e minhas viagens de final de semana durante as 4 semanas de estágio aqui. Contarei a vocês a saga da minha chegada aqui (momento mais difícil de toda a minha viagem), meus primeiros dias aqui sozinho, como é meu estágio, os colegas que fiz aqui, os social programs e as belezas dessa cidade que é, realmente, muitíssimo bonita!!!


Abraços em todos os amigos que acompanham esse blog e, de certa forma, vivem a minha viagem!!!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amsterdã - Holanda: a cidade mais bizarra que já conheci!!!

No dia 28/12/11 chegamos a Amsterdã, já à noite! Do aeroporto pegamos um trem até uma estação central e de lá teríamos que pegar um tram para o nosso Hostel. O problema começou aí... As coisas eram escritas exclusivamente em holandês e, inicialmente, passamos o maior perrengue pra descobrir quem linha do tram tínhamos que pegar até o nosso hostel. Foi aí que pedi ajuda a um senhor que aparentemente trabalhava na estação central (fala inglês) e que foi super atencioso conosco, ligando do seu próprio celular para o nosso hostel, para descobrir como chegaríamos até lá. Pegamos o tram e pedimos ajuda à cobradora, para que ela nos avisasse quando chegássemos à nossa parada. A cobradora também falava inglês e mais tarde a gente iria descobrir que todas as pessoas nessa cidade falavam inglês (do recepcionista do hostel até o cobrador do tram).
Na noite que chegamos, ainda saímos para conhecer alguns pontos turísticos de Amsterdã e e foi aí que comecei a perceber onde eu estava. Fomos a uma praça bem famosa: Leidseplein. A praça tava bem ornamentada em estilo natalino com enfeites e luzes... Por sinal, foi a ornamentação de natal mais bonita que vi aqui na Europa nas cidades por onde passei. Foi no centro dessa praça que jantamos na nossa primeira noite... Comemos o tradicional salsichão holandês que nada mais é que uma espécie de cachorro quente de linguiça, onde você tem várias opções de linguiça e molhos para escolher. Depois de comermos, fomos passear pelas redondezas, local que era cercado por bares e pessoas de todas as nacionalidades.
Eu já havia ouvido falar muitas coisas de Amsterdã, mas ainda me impressionei com a enorme quantidade de pessoas bebendo e fumando em todos os lugares daquela cidade, independente de ser na rua, bares ou restaurantes. Sempre havia uma área para fumantes bem maior do que para não fumantes e em alguns estabelecimentos, eu nem achei área de não fumantes. O detalhe era que, na maioria das vezes, as pessoas fumam maconha e não cigarro normal. Sim, a maconha é super usada lá, juntamente com o haxixe. Onde você chegar encontrará pessoas usando essas drogas... Não acredite nunca quando alguém lhe falar que as pessoas só as usam em lugares especiais porque isso não é verdade. Lá, como já falei, encontrei pessoas fumando maconha desde bares, até em restaurantes e no meio da rua. Foi nessa noite que Patrick me chamou pra entrar em um bar super conhecido, animado e badalado de lá: Buldog! Eu entrei no bar, que realmente era animado... Era estilo um pub e havia uma mulher no centro que ficava animando a galera com um microfone... Os que se animavam, iam pro centro do pub, subiam numa espécie de palco e cantavam no karoukê. O detalhe é que eu não consegui passar muito tempo dentro do bar porque era tanta gente fumando maconha que a atmosfera só era isso e eu não conseguia respirar ar puro e já estava me sentindo tonto (embora ache que era apenas meu psicológico). Preferi beber fora do pub, numa varanda, onde também sentia-se o cheiro da maconha, só que mais suave (hauhauhauhauahua)... Foi aí que um bêbado chegou com uma garrafa de bebida na mão e tascou na nossa mesa e disse: "Look it for me!" Obviamente que nós obedecemos bem direitinho... Vedados! Depois ele voltou, pegou a garrava e disse: "Thank you"! Pelo menos ela era educado. Minutos depois ele repetiu a mesma coisa e os seguranças do bar tiraram ele de lá á força!
No outro dia, saímos logo cedo para conhecer pontos turísticos. Começamos pelo museu da Heiniken, lugar que eu gostei muiiiiiiiiiiito e indico a quem for à cidade, principalmente aos amantes de cerveja como eu. Lá, conta-se a história da criança da empresa, como é fabricada a cerveja, entre outras curiosidades sobre a bebida. No final, você entra numa sala 4D, onde você assiste ao processo de engarrafamento da cerveja do ponto de vista da garrafa. Por fim, há um momento pra degustação e uma espécie de desafia para quem quiser tentar. Obviamente que eu entrei na fila... Uma pessoa lá te dava uma aula de como botar chope numa tulipa e depois você tinha que repetir o processo bem direitinho, inclusive acertando o nível de cerveja dentro da tulipa. No final, recebi um certificado por ter participado da brincadeira =D
De lá fomos almoçar e depois saímos para conhecer o museu de Anne Frank... Acho que todos conhecem a história dessa judia que escreveu um diário enquanto vivia em um esconderijo com sua família em Amsterdã. Pois bem, esse museu conta a história dela e de sua família e é bastante interessante... Eu também indico a todos! Foi na fila de espera para entrar nesse museu que aconteceu algo bem engraçado. A fila era imensa... Acho que esperamos em torno de 1h na fila. Começou a chover fino, num frio de uns 4º C. isso tudo junto com o vento que tava fazendo, vocês podem imaginar o frio que fazia. A gente tava tremendo de frio! Havia uma senhora na nossa frente com uma sombrinha que ficava quase que 100% do tempo em forma de parabólica por conta do vento. Eu mostrei a cena a Carlos e Patrick e ficava rindo junto com eles da sombrinha da pobre da senhora. Minutos depois de dar altas risadas da parabólica dela, a senhora pediu que eu segurasse a sombrinha dela por alguns instantes... Foi aí que ela abriu a bolsa do marido dela, tirou uma sombrinha de dentro e me deu para que eu e os meninos nos protegêssemos da chuva. Eu fiquei super surpreso e arrependido de ter malhado da pobre da senhora! No final eu devolvi a sombrinha dela e agradeci e ela me respondeu em inglês: eu só queria que vocês não adoecessem, por isso peguei a sombrinha pra vocês! Não foi uma tapa na minha cara, foi um soco certeiro bem no pau da minha venta!
Desse museu seguimos para o museu do sexo. Super engraçado, mas eu esperava mais! Existem outros museus do gênero na cidade e talvez sejam melhores. De lá fomos para a Red Light District, rua onde as mulheres da vida ficam nas vitrines com roupas íntimas e minúsculas, sobre efeito de luzes especiais (luz negra). Você vai passando pelas vitrines onde elas estão expostas e elas ficam rindo pra você e te chamando. Os que desejam, entram na vitrine delas, pagam 50,00 euros e "namoram" com elas em quartos que há lá por dentro. Depois disso jantamos e fomos pra casa porque já estávamos esgotados.
No dia seguinte acordamos de manhã cedo, fizemos nosso check out, fomos conhecer um parque bem famoso de Amsterdã: Vondelpark. Passeamos bastante tempo por ele aproveitando a manhã (num frio da porra).Saindo de lá almoçamos e fomos pro aeroporto de onde partimos para Berlim.
Amsterdã é uma cidade ótima para se conhecer, principalmente para quem gosta de farra. Não considero uma cidade importante a ser visitada por um casal, ou por senhores... A não ser que tenham tempo sobrando! É uma cidade para jovens que gostam de farra e de aventuras! A cidade é bonita sim... Tem uma arquitetura bem legal, mas também é a mais suja que passamos e a que mais tem bêbados nas ruas perturbando a sua paz!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Um pouco de Barcelona - Catalunha

Chegamos em Barcelona por volta das 12h do dia 24 de dezembro de 2011. Era véspera de Natal e aquele dia era especial pra mim por vários motivos... Primeiro porque era a primeira vez que eu iria passar o natal longe da minha família! Sim, isso é um fato marcante pra mim, pois lá em casa sempre valorizamos muitos a vivência desse momento em família. Então, não tê-los comigo nessa data, pela primeira vez, por si só já estava me trazendo uma sensação muito diferente! Segundo porque eu iria encontrar com Sílvia, a incoming que ficou na minha casa em agosto por cerca de 1 mês e 10 dias... Ela se tornara uma pessoa muito especial para mim e para toda a minha família e quando ela havia ido embora de Natal, apesar da imensa saudade que eu havia sentido dela, eu sabia que iria encontrá-la no final do ano. Terceiro, porque assim como Sílvia conheceu minha família, havia chegado a hora de eu conhecer a família dela, coisa que eu tinha muito vontade de fazer! Quarto, porque aquela seria a primeira vez que eu iria precisar me separar do meu grupo de viagens, pois eles ficariam hospedados num albergue no centro e eu na casa de Sílvia.
Como andar na Europa é super fácil (basta ter os mapas de metrô e da cidade nas mãos, coisas que se conseguem facilmente num dos inúmeros centros de informações turísticas que eles têm espalhados pela cidade), eu com meus mapas e perguntando um pouco, logo cheguei á casa de Sílvia. Ela não pudera me pegar no aeroporto porque na noite anterior seu avô havia passado mal e tinha se internado! Quando eu toquei a campanhia da casa, foi ela quem abriu a porta e surpresa meu deu um grande abraço. Esse foi um momento de muita emoção para mim: poder reencontrar uma pessoa que deixara tanta saudade ao deixar a minha casa meses atrás.
Nessa mesma manhã conheci a família dela: sua mãe, irmã e avó, pessoas maravilhosas, fantásticas e que me trataram super bem! Sílvia me deixou hospedado no quarto dela. Logo que me acomodei lá, desci para almoçar com eles, pois sua mãe havia preparado um almoço muito gostoso! Depois, expliquei pra eles que não passaria o natal com eles, porque meus amigos também estavam longe de casa e, dessa forma, preferia que todos nós passássemos aquela noite juntos! Eles entenderam muito e logo apoiaram a minha decisão!
Nosso natal foi na la Rambla, uma rua super movimentada no centro de Barcelona e que estava lotada de turistas. O local estava todo decorado com enfeites e luzes de natal. Após longas horas andando por essa rua, decidimos que nossa ceia seria à basa de um prato típico deles: paeja! Após nossa ceia, regada a uma sangria (bebida típica, também), andamos mais pelas ruas e terminamos a noite tomando uma boa cerveja espanhola. Na hora de ir pra casa, mais um desafio... O metrô que fecha normalmente às 2h da manhã, havia fechado à meia noite e eu tive que ir pra casa de ônibus. Por sorte, quando abri meu mapa dentro do ônibus, um árabe que lá estava e falava inglês, perguntou para onde eu ia e me disse qual era a minha parada. Daí pra frente foi fácil chegar à casa de Sílvia novamente.
No dia 25 acordei e quando desci para tomar café, a família de Sílvia já estava toda lá em baixo, agora com o seu avô que havia saído do hospital. Em Barcelona, eles comemoram o natal no dia 25 e de manhã cedo, fizeram um café especial e trocaram os presentes. Eles me deram três bonitos presentes e eu aproveitei para entregá-los também os presentes que eu havia levado do Brasil para eles. Depois disso, fui à missa rezada em catalão! Deu para entender 60% do que o padre falava, mas o importante era que eu estava ali agradecendo a Deus por aquele natal, pedindo pela minha família e agradecendo por tê-los ao meu lado! Quando estamos longe de casa, é que percebemos realmente o quanto amamos nossa família e amigos... O quanto eles são importantes para nós!
Depois da missa, fui encontrar com meus amigos e saímos para andarmos e conhecer mais Barcelona. Passamos 4 dias em barcelona conhecemos vários locais bonitos: Sagrada Família, Parque Guel, La Pedrera, Ilha da Discórdia, Pórtico Olímpico, costa do Mediterrâneo, bairro Gótico, Camp Nou, Fonte Mágica, Montjuic, monumentos, igrejas e mais igrejas, ruas e mais ruas, feiras... Enfim, uma infinidade de coisas que depois posso fazer um post só para dar dicas de lugares a se conhecer em Barcelona.
Meu último dia em barcelona foi difícil, muito difícil! Quando eu havia me despedido de Sílvia em Natal, eu sabia que a reencontraria no final do ano. Ela havia deixado muitas saudades, mas eu tinha certeza que a reencontraria em breve. Porém, a despedida desse vez era bem mais dura, pois eu não sabia quando a veria novamente, quanto tempo iria durar! Sílvia saiu comigo de casa de manhã logo cedo pra tomar café comigo e com meu amigos. Depois do café chegou a hora de nos despedirmos. Nós nos falávamos, dizíamos coisas um ao outro e nos abraçávamos e depois se despedia... Dava uns 2 passos e voltava atrás, se abraçava novamente e falava mais coisas. Repetimos isso umas 4, 5 vezes! Como tava sendo difícil me despedir dela! Eu tava com um nó enorme na garganta, não sabia bem o que dizer, não sabia como expressar o que eu estava sentindo, saudade que eu tava dela, da família dela, de Barcelona, daqueles poucos dias na casa dela. Ela me prometeu ir à minha formatura em 2015 e eu fiz ela e a mãe dela repetir essa promessa várias vezes!
Barcelona foi um lugar especial para mim por todos esses motivos, mas principalmente pelo fato de eu ter reencontrado essa grande amiga, essa irmã... E por ter conhecido a sua família, cheia de pessoas especiais, que haviam me tratado tão bem, como filho! Barcelona foi especial pelos dias ao lado de Sílvia, vivenciando o jeito meigo dela, sincero, sereno, feliz! Foi especial pelo reencontro no primeiro dia e pela despedida no último... A despedida que deixou muitas, muitas saudades!!! Juro que se eu pudesse voltaria lá antes de voltar ao Brasil pra me despedir novamente e dar o 6º, 7º, 8º abraço... Quantos desse vontade!!!
Sei que muitos estavam esperando um post cheio de dicas de Barcelona e do que mais eu fiz por lá e isso foi o pano de fundo desse post. Eu queria mesmo era usar esse post para dizer pra Sílvia o quanto ela é uma pessoa importante para mim e para minha família... E agora, para dizer também, o quanto sua família também havia se tornado importante pra mim!
Sílvia, já estou com muitas saudades de você, da sua mãe, da sua irmã, dos seus avós... Saudades de todos vocês!!! Beijos e até a próxima!!! Até breve!!!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Dicas sobre a Europa

Olá amigos! Muita gente estava me pedindo dicas gerais sobre a Europa. Então resolvi escrever esse post com algumas dicas que acho bem importante.


Transporte: o sistema de transporte público de todas as cidades europeias que andei é super eficiente! Logo que eu chegava nos aeroporto de cada cidade, eu já ia no balcão de informações turísticas e pegava um mapa da cidade e do metrô! Pronto, só com isso você vai conseguir andar para toda parte! Na maioria das cidades a tickets de 24h, várias viagens ou até de mais dias. Em todos os lugares que passei a compra desses tickets valeram bem à pena! Não há nada mais fácil do que andar de metrô (estando com o mapa das linhas) para toda parte da cidade. Ah... A maioria dos tickets de 24h, várias viagens, ou mais dias valem para todo o tipo de transporte público da cidade (metro, tram, trem, bus).


Comunicação: triste ilusão a de quem pensa que por aqui todo mundo fala inglês! Em barcelona, por exemplo, são poucos os que falam e esses, estão principalmente entre os mais jovens e com bom grau de instrução! Porém, quem fala português entende um pouco de espanhol e catalão e eles também entende o nosso português. Basta que ambas as partes falem devagar e com o auxílio de gesto. Em Berlim, não encontrei uma alma que falasse inglês! Como não seu praticamente nada de alemão (apenas bom dia, obrigado ou coisas do tipo) minha comunicação lá foi super difícil e era basicamente por gestos. Em Amsterdã, ao conrtrário, todo mundo fala inglês! Todo mundo mesmo; do recepcionista do hotel ao cobrador do tram! É uma maravilha! Aqui em Viena, uma boa parte da população fala, mas também os que encontrei que não falavam, não sabiam uma só palavra em inglês, nem as mais básicas! Em cada país que você for, é bom que você saiba dizer pelo menos o básico na língua nativa: bom dia, obrigado, por favor, eu não sei falar tal língua...


Bagagem: principalmente se você é jovem, não venha pra Europa com uma mala gigantesca! Ela só vai te atrapalhar! Já pensou você andando rua a cima rua a baixo com essa mala quando chegar na cidade ou for sair dela. A não ser que você esteja sempre disposto a pagar as caras viagens de taxi da Europa, a mala grande irá te atrapalhar muito quando você for chegar ou sair da cidade. Além disso, a cidades, como Lisboa, que não aceitam que você ande com malas grandes dentro dos transportes públicos normais (bus, metrô...). Assim, você terá que pagar mais caro para andar no Aerobus. Vim passar 50 dias na Europa e vim de mochila... Foi a melhor coisa que fiz! Coube toda a minha roupa, é fácil de transportar e posso andar com ela em todos os transportes públicos sem nenhum problema.


Roupas: se vier no inverno, como eu, traga um bom casaco, de preferência impermeável (2 são suficiente) porque se você precisar botar um pra lavar, terá outro pra ficar usando. Duas calças jeans, 4 camisas polos, 4 camisas de mangas compridas de lã... Isso é suficiente! Abuse nas roupas íntimas porque nas cidades que você passar poucos dias não dá pra ficar lavando muita roupa, pois aqui elas demoram cerca de 24h pra secar, isso porque eu boto em cima do aquecedor! O calçado é tênis pros homens e botas pras mulheres, sem dúvida alguma! Duas luvas que aqueçam bem, 2 cachecóis, 2 gorros... Serão indispensáveis em algumas cidades mais frias como a que estou agora (Viena)!


Gastos: isso vai depender muito do seu estilo de vida. Eu gastei desde 4,50 euros num almoço até uns 17,00 euros! basta que você procure os lugares bons e baratos pra comer. mas se você gosta de comer caro, garanto que não lhe faltará opções! Com transporte, gasta-se uns 30,00 euros por cidade que você passar, andando apenas demetrô, bus, tram e trem... Se você quiser luxar num táxi pagará bem mais! Você não sentirá muita sede, mas não deixe de beber muita água já que andará muito à pé! Eu comprei água desde 0,35 euros (hoje no supermercado) até 2,50 euros em Amsterdã (lá era difícil achar água mineral mais barata). Você terá muitos gastos com atrações turísticas. Aqui paga-se para entrar em tudo, até em algumas igrejas como uma que fui hoje aqui em Viena. reserve uns 20,00 euros por dia para esses gastos. Às vezes esse valor poderá ser extrapolado, caso você decida ir ao circo de solei como eu fui, ou a uma ópera em Viena, como eu também decidi comprar o ingresso (afinal não dar pra passar 4 semanas em Viena e não ir a nenhuma ópera). Essa que comprei foi 25,00 euros estudante porque é no palácio de Schobrunn (não se escreve assim, mas é algo do tipo). Porém, lá na cidade você pode chegar na hora na hora e comprar as entradas que sobraram para assistir a ópera em pé por 3,00 euros. Eu vou nessa também! Além disso tem os sulvenirs... Por mais que você diga que não vai comprar nada, você termina comprando. Você sempre lembra da mãe, do pai, do irmão... E às vezes você quer simplesmente levar uma lembrança daquela cidade. Se você não exagerar, não gastará mais que 20,00 euros comprando sulvenirs em cada cidade cidade por onde passar! Eletrônicos... Eu não comprei nada disso ainda. Como disse, não vim à Europa fazer compra. Em geral eles são mais baratos que no Brasil, mas bem mais caros que nos EUA! Se você também vai viajar num futuro próximo para lá, não compre nada disso por aqui!


Clima: é quase sempre muiiiiiiiiiiito frio!!! Em Lisboa uma média de 10 º C; em Barcelona uma média de 14º C (teve um dia que fez até 16º C); em Amsterdã e Berlim uns 4-6º C; aqui em Viena, uma maravilha, 0-4º C, mas ás vezes fica negativo e quase nunca se ver o sol! Em resumo, é frio, muito frio!!! Traga protetor labial porque se não seus lábios vão rachar e sangrar!


Segurança: muito mais seguro que no Brasil! Não passei ainda por nenhum perrengue e andei de ônibus ou metrô até depois de meia noite. Ninguém mexe com você é tudo sempre bem tranquilo. Em Amsterdã, como povo fuma muita maconha e bebe muito no meio da rua, de vez em quando aparece um gritando no meio da rua, batendo com garrafa na sua mesa, ou drogado pedindo dinheiro de madrugada lhe assustando! Fora isso, não vi mais nada que incomodasse!


Aeroportos: só viajei praticamente de easyJet. Todos falavam que os aeroportos eram bem distantes... Bem, não fui em nenhum que precisei de mais que 45 min pra chegar lá. Isso tudo de metrô, trem, tram ou bus normal. Nada de táxi nem daqueles aerobus super caros! Também ouvia muitos mitos sobre a easyJet... Se você tem mala grande, compre seus 20 kg de bagagem pela internet por um preço mais barato (variou de 11,00 a 20,00 euros as que comprei), imprima seu cartão de embarque e seja feliz! Não chegue lá com uma bagagem gigantesca querendo passar como bagagem de mão porque você não vai conseguir. Cansei de ver gente querendo enfiar a bagagem a todo custo naquele quadrado de ferro... Não entrava e era preciso pagar mais caro para despachar a bagagem! Na hora de embarcar, como não tem assento marcado, tem uns desesperados que correm pra fila! Não precisa! Tem lugar no avião pra todo mundo ir sentado! O pior de viajar na easyJet, pra mim, foi ter que aguentar a tripulação abrir aquele brechó deles durante o voo e perturbar a viagem inteira querendo vender de tudo que você imaginar: comida, revistas, jornais, perfumes, bijouterias, brinquedos, maquiagem,.. Um saco isso!!! A luz fica acesa o tempo todo e eles ficam gritando as coisas que vão vender e os preços, estilo aqueles vendedores em Ponta Negra. Mas, pelo preço, vale à pena enfrentar essa feira aérea!


Hospedagem: dê preferência a ficar sempre em locais perto do centro. Antes de fazer sua reserva, veja as avaliações dos hospedes que já passaram pelo local. Quarto privativo é muito bom, principalmente se tiver banheiro dentro. Porém, fiquei em um quarto privativo em Berlim que não tinha banheiro dentro. Cada banheiro era compartilhado por dois apartamentos. Pra minha surpresa o banheiro era excelente e sempre muito limpo!!!


Bem gente, acho que já dei bastante dicas... Espero que gostem! Quem quiser mais dicas pode fazer seu comentário pedindo que farei o possível para atender aos pedidos!


abraços em todos os amigos!!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Fátima - Portugal


Hi Brazilian friends!!! Como vocês estão? Bem, primeiro me deixem explicar porque passei todos esses dias sem postar nada... Depois que saí de Barcelona para Amsterdã e Berlim meu acesso à internet ficou super difícil porque, coincidentemente, a internet nos dois albergues que fiquei estava com problema e, ao contrário do que muitos pensam, aqui não tem internet em todo lugar. Por sinal, praticamente não percebi diferença em relação ao nosso acesso em lugares públicos aí no Brasil. Sempre encontra-se internet em cafés, Mc Donalds, alguns restaurantes... Só em Barcelona que havia acesso à internet em uma rede pública em algumas locais, inclusive praças e parques!

Bem, após as devidas explicações sobre minha ausência nesse blog durante todo esse tempo, vamos ao relato de uma parte importantíssima da minha viagem: minha ida a Fátima, em Portugal. Quando eu ainda estava no Brasil, poucos dias antes de vir pra Europa, estive com meu primo Fernandinho conversando sobre a minha viagem. Na ocasião, sabendo do meu amor por Maria, ele me disse que não deixasse de visitar Fátima! Seguindo o conselho dele, e um desejo já antigo, logo que cheguei em Lisboa disse aos meu amigos que eu iria a Fátima ou durante uma manhã ou uma tarde de um dos dias que estaríamos em Portugal. Expliquei que eles não precisavam ir comigo, caso não quisessem, mas que eu não deixaria de ir, porém, eles decidiram ir comigo.

No dia 23/12/11, saímos do nosso albergue por volta das 7h da manhã em direção à rodoviária de Lisboa. De lá, pegamos um ônibus às 8h até Fátima. A viagem foi super tranquila, em um ônibus confortável e durou apenas 1h30. Eu não vi nada do caminho, pois dormi o tempo todo (estava exausto, pois havia dormido muito pouco nos dias anteriores).

Quando eu cheguei em Fátima que botei meus pés naquela cidade, senti que aquele era um lugar diferente. Enquanto eu caminhava pelas ruas entrando em lojas de sulvenirs a caminho do santuário, eu não parava de pensar em Nossa Senhora. Aquele era um momento muito mais que especial para mim. Era um momento de encontro com a mãe de Deus, com a minha mãe.Por falar na minha mãe, quando eu cheguei no santuário de Fátima, eu não parava de pensar nela, no meu pai, nos meus irmãos. Aquele santuário tinha o cheiro de Maria e as pessoas de fé, eu tenho certeza, podiam sentir a presença dela em cada parte daquele lugar.

Logo na entrada, comprei uma vela e a acendi num local destinado a isso, oferecendo aquele gesto à minha família e às pessoas que amo! Acendi aquela vela e passei alguns minutos vendo ela queimar e fazendo minhas orações em meu coração.


Depois, me dirigi a uma das capelas que tem no local. Era uma capela das menores (se não a menor), praticamente ao ar livre e que tinha uma imagem de N. Senhora de Fátima. Então me sentei ali por mais alguns minutos e dirigi minhas orações a Maria, na certeza de que ela as levariam até Jesus. Orei por todas as pessoas que me vinham a cabeça naquele momento. Depois disso, fui caminhando pelo pátio para uma capela maior. Nesse imenso pátio, muitas pessoas caminham pagando promessas, algumas de joelhos (os caminhos são bastante longos e o silêncio reina local, pois as pessoas oram enquanto fazem suas peregrinações).


Quando entrei na capela maior, mais uma vez fiz minhas orações e depois fui conhecer os túmulos dos três pastores que viram Maria. Na porta da capela havia o horário da próxima missa (11h). Nosso ônibus de volta  saía às 12h30 e eu estava certo de que assistiria a essa missa. Então, saindo dessa igreja, escrevi meus pedidos de oração para serem lidos na próxima missa e fui caminhas nos jardins que circundam essa igreja maior e central.





 Caminhei por vários minutos... Eu caminhava, rezava e rezava... Em canta canto daquele lugar eu sentia a presença de Maria e lembrava das pessoas que amava, em especial da minha mãe.


 Quando encontrei novamente com meus amigos eles disseram que não dava pra gente ficar pra missa porque eles queriam ir ao museu das aparições e não tínhamos tempo para fazer as duas coisas. Então, fiquei parado por alguns minutos sem dizer nada e depois segui atrás deles.

Eu saí daquele santuário com as lágrimas escorrendo nos olhos por não poder ficar praquela missa e já sentindo saudades daquele local sagrado. Eu só pensava comigo que quando me formasse voltaria ali com meus pais. Enquanto ia embora do santuário, eu pensava e N Senhora e na santidade dessa mulher!

Do santuário fomos ao museu das aparições. A visita foi muito boa, pois o museu era interativo e era uma forma de se conhecer melhor a história das aparições e viver um pouco do que elas haviam sido.


 De lá, fomos almoçar e depois voltamos pra rodoviária pra pegar o ônibus pra Lisboa. Na caminhada de volta o frio tava imenso, o maio que havíamos enfrentado até aquele momento. Mas nem isso tirava toda a beleza de Fátima!!! Deixei Fátima com lágrimas nos olhos, muita saudade e o desejo de voltar àquele lugar um dia!!!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Lisboa - Portugal

Após sair do Brasil, nossa primeira parada foi em Lisboa onde passamos 4 dias. Nosso voo até Lisboa foi super tranquilo (já peguei voos no Brasil bem mais agitados). Na verdade, dormi cerca de 5h das 7h de viagem!


Chegamos a Lisboa por volta das 12h do dia 21/12/2011. Fazia aproximadamente 12 ºC quando chegamos e essa era a menor temperatura que já havia pego na minha vida. Porém não era nada que fosse insuportável. Nossa ida do aeroporto pro hostel foi super tranquila e após nos acomodarmos e almoçarmos, fizemos nosso primeiro passeio à pé pelas ruas de Lisboa.

Com um guia na mão, seguimos pela Av. da Liberdade em direção aos bairros Baixa e Alto. Ambos bairros que representam Portugal super bem... Suas ruas são estreitas, cheias de construções antigas e muitas ladeiras e escadas, além de inúmeras lojas e restaurantes, nos quais os garçons ficam nas calçadas tentando capturar os passantes a todo custo. Acho que essa foi a única coisa que não gostei em Portugal, pois não conseguia caminhar em paz pelas ruas que os garçons me abordavam praticamente me obrigando a jantar em seus restaurantes. O bairro Baixo tem a Rua Augusta como sua principal, com lojas ao longo de toda a sua extensão. Após horas de caminhada e um jantar não muito bom em um dos restaurantes que conseguiu nos sequestrar, fomos para casa e encerramos nosso primeiro dia em Lisboa.

No dia seguinte, saímos do hostel bem cedo. Logo que pisei na calçada fiquei impressionado com o tempo, pois a cidade estava completamente coberta por um nevoeiro que eu nunca havia visto igual. O frio era ainda maior que no primeiro dia e os termômetros marcavam algo em torno de 9º C. Decidimos, então, pagar uma empresa que oferece fazer um city tour por praticamente todas as atrações turísticas de Lisboa com um guia que falava em Português. O passeio era feito através de ônibus que funcionavam em duas linhas de forma a cobrir praticamente toda a Lisboa. O ticket poderia ser usado por 2 dias e podíamos descer e subir novamente na parada que quiséssemos. Dessa forma, conhecemos o bairro do Alfama e as suas principais atrações turísticas como a Igreja da Sé e o Mirador de Santa Luzia, além de caminharmos livremente pelas suas ruas, entrando e saindo de suas pequenas lojas. Daí seguimos para o Oceanário, mas decidimos deixar para visitá-lo em outro horário, pois já estávamos bem cansados e ainda queríamos garantir o nosso ingresso do Circo du Solei. Assim, à noite fomos assistir ao espetáculo "Alegria".

O dia seguinte teve sua manhã dedicada a Fátima e farei um post exclusivo sobre essa manhã. À noite fomos jantar um Bacalhau, voltamos pro hostel e mais tarde saímos com Hirande, uma das duas brasileiras super especiais que conhecemos em Portugal e que nos acompanhou em vários de nossos passeios. Ficamos o restante da noite num bar irlandês à margem do rio Tejo, onde comemos comidas típicas portuguesas e tomamos um bom vinho. Depois voltamos para o hostel, pois no dia seguinte seguiríamos, logo cedo, para Barcelona.

Assim, terminamos nossa visita a Lisboa, uma cidade bela, agradável e de um povo bem mais hospitaleiros do que haviam me falavam. Fui muito bem tratado pela maioria dos Portugueses que se mostravam sempre solícitos!

A quem desejar visitar Lisboa, aconselho que fiquem lá algo em torno de 4 dias. Ao contrário do que muitos falam, lá há muito o que se ver e a cidade é super agradável. Vale à pena dedicar uns 4 dias para apreciar a capital Portuguesa.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Relatos de um acadêmico de Medicina

Desde que entrei na faculdade de Medicina em 2009, optei por não ser mero estudante do curso médico. Quria ser mais que isso... Quando a gente entra na faculdade a gente tem essa oportunidade de escolha: apenas estudar as matérias que nos são dadas ou fazer algo além disso. No meu caso, escolhi a segunda opção!
Ainda no meu primeiro ano de curso passei a fazer parte de um projeto de extensão chamado MediArte - Com Amor e Humor! A idéia é levar alegria às crianças internadas no Hospital de Pediatria (Hosped) da minha universidade. Usando perucas, rosto pintado, adereços engraçados, bom humor e o velho jaleco branco (esse não pode faltar porque a idéia tabém é lutar contra a "síndrome do jaleco branco"), vamos ao Hosped uma vez por semana, em sistema de rodízio entre vários grupos, cantar, dançar, brincar e conversar com a criançada e com seus pais.
Já estava nesse projeto há mais de um ano quando em uma de nossas ações conheci uma mãe que estava com sua filha internada desde que ela havia nascido. A criança tinha 4 meses de vida e jamais havia saído do hospital. As suas únicas casas haviam sido o útero de sua mãe (com certeza a melhor delas), a UTI neonatal e as enfermarias.
O motivo? Ao nascer a mãe tivera um descolamento de placenta e faltou oxigênio para a bebezinha e ela nasceu com sequelas que, dentre as outras coisas, a impedia de deglutir. Devido a isso, ela se alimentava atravez de uma sonda.
Ao entrar naquela enfermaria e me deparar com aquele casal de pais com a sua primeira filha nos braços, tive a felicidade de ouvir dela: "Ainda bem que vocês vieram aqui hoje. Nós estávamostão tristes"! Os pais da bebezinha desabafaram com a gente, contaram das dificuldades enfrentadas nesses 4 meses dentro de um hospital. Falaram da dor de ver sua filhinha naquela situação, mas nos surpreenderam dizendo: "Não guardamos mágoa alguma da médica que fez o parto da minha filha"! Entre conversas e brincadeiras, permanecemos naquela infermaria por uns 20 minutos, pois haviam outras enfermarias a serem visitadas.
Ao sair daquele lugar, eu era uma outra pessoa, um outro estudante de Medicina. A fé daquela mãe, sevira de alimento para a minha alma, fora a força que eu preciso para enfrentar de cabeça erguida os desafios enfrentados dentro da faculdade de Medicina, na luta diária pra ser um médico diferente,comprometido com o corpo e alma, comprometido com a vida!!!
Havia chegado naquele hospital por volta das 7h30 e estava saindo às 12h... Mas não estava cansado, pelo contrário, estava renovado e certo da profissão que eu havia escolhido pra minha vida! Sonhei me tornar um bom médico, um bom amigo dos meus pacientes, um médico capaz de segurar na mão do seu paciente quando for apenas isso que eu puder fazer por ele.