quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Meu primeiro fim de semana em Viena: encontro com vários amigos!!!


Bem, durante minha primeira semana Rodrigo (cearense) e Fernando (chileno) me convidaram para ir pra Praga com eles no fim de semana. Eu gostaria muito de ter ido com eles, mas não fui por dois motivos: tinha combinado de me encontrar aqui em Viena no sábado com um casal de amigos aqui da Europa que estiveram em Natal no ano passado e que começaram a namorar lá e estão juntos até agora (Simona - eslovaca e Luigi – italiano); o segundo motivo era que eu já iria pra Praga quando terminasse meu estágio aqui em Viena e já estava, inclusive, de passagem comprada para o dia 27 de janeiro de 2012. Dessa forma, tive que recusar o convite deles!

Meu final de semana aqui começou na sexta porque dia 06 de janeiro foi feriado aqui por conta do dia de Reis (pois é, aqui também é feriado e em muitos outros países da Europa). De manhã dormi até umas 9h porque estava precisando descansar. Depois que acordei, tomei meu café, abri o meu guia e comecei a ler pra decidir onde iria. Decidi então que iria à ilha do Danúbio, o lugar onde os Vienenses vão no verão para tomar banho, andar de bicicleta, patins, skate, caiaque... Enfim, dizem que lá é a praia deles. Então, peguei meu mapa e saí pra lá. O dia aqui estava ensolarado (mas frio, claro) e quando cheguei lá achei o lugar bem bonito! Claro que nada que se compare às nossas praias, mas pra eles que não têm praia, aquele pedaço de rio deve ser bem valorizado. O lugar é arborizado e tem uma paisagem bonita. Apesar de ser inverno havia algumas pessoas lá fazendo qualquer coisa, menos tomando banho no rio.

Quando saí de lá fui ao centro da cidade conhecer locais que ainda não havia conhecido. Então, desci em uma estação de metrô que nunca havia descido (gosto de fazer isso pra conhecer lugares novos) e saí caminhando sempre em direção ao centro. A estação era no anel que circunda o centro de Viena. Logo que desci do metrô comi uma pizza no meio da rua mesmo, nuns quiosques que têm muito por aqui que vendem pizza, kebab, os típicos sanduiches de linguiça, doces... Uma infinidade de comidas que eles gostam! Comer nesses lugares só tem um problema... Eu não sei porque esse povo tão evoluído, vivendo no primeiro mundo, tem o costume de pegar na comida da gente com as mãos, sem luva alguma ou guardanapo. Muitas vezes a gente ver eles recebendo nosso dinheiro e depois pegando direto na nossa comida com a mesma mão. É foda! Mas tive que me acostumar com isso porque vi isso se repetir em várias cidades!!!

Depois do lanche saí andando em direção ao centro e conhecendo parques, monumentos, o museus, uma infinidade de coisas. Caminhei pelas ruas sem pressa! Eu estava sozinho, era uma sexta-feira e eu podia gastar o tempo que quisesse por ali. Quando me cansei de caminhas, já de noite, voltei pra casa.

Quando cheguei em casa vi no meu face uma mensagem de uma amiga minha do 9º período de Medicina da UFRN dizendo que tinha chegado aqui em Viena naquela sexta e perguntando se eu queria encontra-los no sábado de manhã na praça central. Obviamente que quis e sábado, no horário marcado, encontrei com eles. Andei com eles por lugares que eu, na maioria, já havia andado antes porque eles não conheciam e eu fui meio que guiando (com minha humilde vivência de uma semana aqui). Andamos o final da manhã e a tarde toda. À noite, eles compraram ingresso para ver um concerto em Schömbrunn e eu fiquei em casa porque já havia comprado pra ver com meus colegas na segunda-feira.

No domingo de manhã nos encontramos em Schömbrunn, agora para ver os jardins que o cercam e entrar no museu em seu interior (aquele museu que já havia me referido a ele no meu post da primeira semana aqui em Viena). Lá encontramos também com Simona e Luigi. Juntos, entramos no palácio para conhecer o museu que conta a história da família real. O palácio por dentro é belíssimo e entrar nele vale muito à pena e eu recomendo a todos que vierem aqui. Depois que saímos de dentro do palácio caminhamos pelos jardins num frio de rachar! Quando não aguentamos mais voltamos para o centro da cidade e fomos almoçar no Nordsea. É estilo um fastfood de frutos do mar que tem aqui. Um dia, durante a semana, eu havia comprado uma caixa lá com camarões empanados e batatas que alimentava bem e custava apenas 4,99 euros. Então, decidimos entrar lá porque, com base nisso, achamos que o preço seria bom! Nos lascamos! Era bem carinho e já de prato feito, no caixa pra pagar n dava pra desistir. Eu paguei 22,00 euros por esse almoço, mas minha colega de Natal pagou 42,00 euros!!! Dava pra ter almoçado num bom restaurante daqui!!!

De lá ainda saímos para ver mais coisas: prédios famosos, parques, igrejas... Por fim, deixei eles no complexo de Habsburgo porque eles iam entrar no museu de lá. Eu não entrei com eles porque eles só tinha 45 min e pra mim não valia à pena, já que poderia ir em outro dia com bem mais tempo. Foi aí que me despedi deles e voltei pra casa.

Bem, esse foi meu primeiro fim de semana aqui em Viena. Ter tido a companhia dos amigos de Natal, além de ter reencontrado Simona e Luigi foi muito bom! Quando abracei meus amigos lá no museu e saí pra casa, meio que senti que estava sozinho de novo e que esse sentimento ia perdurar por mais três semanas!

No meu próximo post vou falar da minha segunda semana em Viena!!! Abraços em todos e saudades!!!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Minha primeira semana em Viena


Olá amigos, vou contar agora pra vocês como foi minha primeira semana aqui em Viena.
Diante do ocorrido na minha chegada a Viena, meus primeiros dias aqui foram, na verdade, um momento de superação. Eu precisava vencer a raiva que estava sentindo da minha contact person, da minha host, da AMSA (IFMSA de Viena)... Confesso a vocês que na segunda-feira de manhã eu ainda estava totalmente desorientado, de forma que não dava a mínima para o que as pessoas falavam pra  mim... Parecia que nem as estava vendo!
Na segunda-feira de manhã eu tive que me encontrar com minha contact person às 7h45 no Hospital (AKH). Pra tá lá esse horário, e como era a primeira vez que eu iria fazer esse caminho, precisei acordar cerca de 5h30 da manhã, o que não é fácil, pois aqui faz muito frio (uma média de 3º C, mas com dias bem mais frios que isso chegando a temperaturas negativas). Além disso, quando o sol aparece aqui em Viena, ela só nasce lá pras 8h30, ou seja, eu sempre acordo e chego ao hospital no escuro. Quando eu cheguei lá, conheci minha contact person, que apenas se desculpou comigo pelo ocorrido e nada mais! Além dela, conheci um chileno, o Fernando, que faria estágio comigo na Neurocirurgia e o Rodrigo, cearense que ia fazer estágio na Traumatologia. Conversamos rapidamente e saímos pro nosso primeiro dia de estágio.

No meu primeiro dia de estágio, meu tutor (um coreano que se esforçava bastante pra falar inglês conosco – o chileno e eu) passou a manhã nos entregando papeis e rodando todo o hospital conosco, nos mostrando cada canto dele e sempre elogiando bastante a tecnologia dele – um marketing gigante! Não posso negar que em termos de tecnologia eles estão, aqui, anos-luz de nós aí no Brasil. Pra vocês terem uma ideia, o hospital universitário deles é formado por três torres: duas têm 19 andares e terceira (a da Neurocirurgia) tem 12 andares. No térreo tem restaurantes, cafés (inclusive o Starbucks), padaria, supermercado, loja de roupas, de calçados, de relógios, floricultura, salão de beleza, o correios deles aqui, bancos e até, acreditem, uma TABACARIA!!! Ou seja, o hospital deles é quase um shopping!!! Mas não é por conta disso que estou dizendo que eles tão bem avançados em relação a nós: o centro cirúrgico deles é super moderno, com monitores espalhados dentro das salas de cirurgia, através dos quais os alunos podem acompanhar as cirurgias (não dá pra ficar todos os alunos em cima dos cirurgiões vendo tudo). As portas das salas de cirurgias são automáticas – nada de tocar nelas para poder entrar. Além disso, eles têm alguns robôs daqueles que fazem a cirurgia pelo cirurgião (kkkkkkkk). Na hora de colher sangue, nada de dar várias furadas nos pacientes... Eles usam aqui aquele mesmo sisteminha que o Centro de Patologia de Natal usa: furam o paciente apenas uma vez e colhem vários tubos de sangue! Algo que achei bem interessante é que aqui, quem faz as medicações intravenosas nos pacientes, inclusive a substituição dos soros, não são as enfermeiras (ela não podem fazer isso). Os médicos, leia-se os estudantes de Medicina, são quem fazem isso!  E nada de tirar soro do escalpe pra fazer medicação! O escalpe deles têm vários acessos, de forma que você usa um dos livres para fazer as medicações, que nunca vão direto no soro! Elas já vêm todas na diluição certa, dentro de frasquinhos transparentes de vidro, iguais de remédios. Esses frasquinhos nós penduramos igual o soro e conectamos o escalpe dele a uma das entradinhas do acesso do paciente!

Pra não falar o que faço nos meu estágio a cada post, vou resumir aqui o que faço todos os dias (porque é sempre a mesma coisa): chego ao hospital sempre às 7h15 e vou para as enfermarias fazer as medicações dos pacientes, um por um. Depois disso, passei uma semana e meia indo assistir ao morning meeting, que nada mais é um encontro dos médicos, e estudantes que desejam ir, após a visita aos pacientes, onde eles discutem todos os casos. Os exames de imagem ficam sendo projetados num telão e eles ficam discutindo os casos. Como a maioria dos exames são de ressonância ou tomografia, apenas rolando o botão superior do mouse as fatias dos exames vão passando, bem sequencialmente, de forma perfeita! E porque você só passou uma semana e meia indo pra isso, Ednor? Pois é, porque lá eles falam apenas em alemão, pois não iriam todos falar em inglês apenas pela minha presença e a do chileno. Então, depois de uma semana e meia não aguentamos mais ficar ali assistindo uma coisa sem entender PN do que estava sendo dito, de forma que nosso próprio tutor nos liberou! Então, depois disso, todos os dias íamos ao centro cirúrgico assistir às cirurgias. Apenas assistir, pois estudantes daqui jamais entram em cirurgias!!! Depois disso, por volta de 11h30 -12h, eu ia almoçar no restaurante do hospital (Mensa) e de lá saia pra fazer o que quisesse.

Na primeira semana, sempre que saía do meu estágio, ia pro centro da cidade com o Fernando e o Rodrigo conhecer os pontos turísticos! Alguns dias, na primeira semana, eu fui pra casa ao invés de sair pra passear, ou porque estava muito cansado, ou porque tinha muitos trabalhos da IF pra fazer! Mas na maioria dos dias, saindo do almoço eu ia conhecer Viena.

Nessa mesma semana conheci o Palácio de Schönbrunn. Esse palácio era a residência de verão da família real, na época do império, e hoje tem um museu em seu interior que conta a história da família real. Ao redor dele há um jardim imenso e belíssimo, cheio de estátuas, fontes, esquilos (eu vi vários =D), zoológico e até um labirinto que não pude entrar porque fica fechado no inverno – como muitas coisas aqui!

Também na primeira semana, conheci o complexo de Hofburg, composto por dois prédios que foram a casa administrativa dos Habsburgo. Conheci ainda a catedral de Viena, que fica na praça central da cidade, e é belíssima!!! Além disso, conheci ainda o Parlamento e museu de arte moderna e história natural (um de frente pro outro).

Queria terminar esse post fazendo algumas considerações que julgo relevantes a respeito dessa minha primeira semana aqui em Viena. A primeira, e mais importante, é que aqui fiquei sozinho num flat que tem um quarto com cozinha acoplada e um banheiro. Tenho uma TV que nunca ligo, primeiro porque já não vejo TV normalmente e segundo porque tudo que passa nela é em alemão; tenho também internet (graças a Deus, se não eu teria pirado fácil); um rack, um guarda-roupas, duas mesas, 3 cadeiras e um beliche só pra 1 pessoa – eu! Foi nesse lugar que morei essas 4 semanas! O fato de ter ficado aqui sozinho me ensinou muito! Eu sempre valorizei minha família e meus amigos e quem me conhece sabe muito bem disso! Mas aqui tão longe e sozinho, passei a valorizar ainda mais. Senti saudades deles todos os dias dessas 4 semana e não teve um só dia que não pensei em cada um deles, inclusive em Tobby (meu cachorro). Lembrava da comida da minha mãe, de como era bom chegar em casa e ter minha família, ter quem beijar, abraças, conversar. Aqui eu não pensava no meu quarto, no conforto da minha cama, em nada disso! Porque tido isso não é nada, ou é apenas o de menos! Eu pensava apenas nas pessoas que mais amo nesse mundo: a minha família! De noite, antes de dormir, sempre sozinho, eu juntava minhas mãos e rezava agradecendo a Deus por tê-los comigo! Eu, diante de toda a minha saudade, agradecia a Deus por estar aqui, pela oportunidade que ele estava me dando de crescer, evoluir!!!

Aqui também, eu pensava nos meus amigos e em como eles fazem os meus dias serem dias felizes! Eu lembrava das brincadeiras com cada um deles, dos momentos juntos, dos lanches no final dos dias, dos almoções juntos entre a aula da manhã e a da tarde, dos lanches nas noites dos fins de semana... Mas, principalmente, eu lembrava do abraço deles, das palavras de apoio nos meus momentos difíceis... Aí eu parava aqui sozinho, tinha vontade de falar com eles, de ter a companhia deles... E eu não tinha! Mas isso também foi bom, porque aí, eu tive que construir novas amizades, conhecer novas pessoas... Parar e me dirigir a elas, conversar com eles, dar um pouco de mim e receber um pouco delas!

Minha primeira semana foi tudo isso que contei pra vocês, esses acontecimentos e esse misto de sentimentos!!!

Queria terminar esse post fazendo dois agradecimentos: á minha família, as pessoas que mais amo nesse mundo; e aos meus amigos, através de uma pessoa que foi importantíssima pra mim nessas 4 semanas aqui. Acreditem: ela exigiu que eu arrumasse internet no meu celular pra falar com ela pelo whatsapp... Aí ela mandava mensagens pro meu whatsapp tipo assim: entre agora no Skype que quero falar com você! Outras vezes, quando eu entrava no metrô indo e voltando pra algum lugar, ela conversa comigo o caminho inteiro até eu dizer: não posso mais falar porque cheguei na minha estação e vou descer. Outras vezes, ela mandava mensagem (quando eu passava alguns dias sem dar notícias e dizia assim: quero falar com você! Eu exijo os meus direitos! (kkkkkkkkkkk) Dodô, meu filho, obrigado por tudo! Obrigado por ter se preocupado tanto comigo durante todo esse tempo e me dado tanto apoio. Obrigado pela companhia – você foi capaz de se fazer presente com um oceano de distância entre nós! Obrigado pela amizade de sempre! Grande abraço!

Obs.: Meu próximo post será sobre meu primeiro fim de semana aqui em Viena!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Minha chegada em Viena: fui salvo pelas mãos de Maria!!!


Olá, amigos que gostam de acompanhar esse blog! Conforme havia prometido, irei escrever agora sobre a minha chega em Viena e explicar, com detalhes, tudo que vivi naquele dia 1º de Janeiro de 2012. Preparem-se, porque esse é o post mais importante de toda a minha viagem, até agora! Obs.: Ele é muito grande e sei que apenas os grandes e verdadeiros amigos, as pessoas que me amam, serão capazes de lê-lo até o fim. Para vocês que farão isso, vocês vão viver do melhor da minha viagem!!!

Bem, antes de eu vir pra Viena, quando ainda estava em Natal, comecei a estabelecer contato com minha host. Me apresentei a ela, expliquei direitinho dia e horário que eu chegaria em Viena (na verdade já havia enviado essas informações 2 meses antes do início do meu estágio) e perguntei como eu fazia para chegar na casa dela. De cerca de 5 e-mails que enviei, tive apenas 2 respostas. Uma primeira me dando boas vindas e dizendo que gostaria muito de me conhecer pessoalmente. O segundo, foi um e-mail que recebi logo que cheguei aqui na Europa (ainda estava em Lisboa) avisando que ela não estaria aqui em Viena no dia que eu iria chegar e me perguntando como fazer para entregar as chaves do meu apartamento. Respondi o e-mail dela dizendo que ela poderia deixar as chaves com alguém e me passar os contatos da pessoa, que eu pegaria as chaves com ela sem problema. Depois desse e-mail, não obtive mais resposta alguma dela, apesar de ter enviado mais uns 3.

Dessa forma, quando cheguei em Viena eu não sabia ainda como teria as chaves do meu apartamento. Na verdade, nem ela nem minha contact person, nunca haviam me enviado um e-mail, sequer explicando como chegar ao meu apartamento (pegue um trem até Wien Mitte, de lá pegue a linha U4 do metrô até Ober St. Vett e de lá siga por tal rua até Hitzinger HaupstraBe, pegue a direita, ande mais uns 50 metros e você estará em casa. Custava fazer isso? Por certo sim, porque elas não fizeram.

Então, quando eu cheguei no aeroporto de Viena, sem saber como chegar na minha casa, tendo apenas o endereço, comecei a fazer várias ligações para minha host e minha contac person, mas nenhuma das duas me atenderam (fiz as ligações do meu Skype pelo iPod, pois no aeroporto tinha internet de graça). Liguei até pra NORE da Áustria pra pedir ajuda, mas o contato que estava no Database era da antiga NORE e ela disse que nada poderia fazer para me ajudar. Então, enviei um e-mail pra minha contac person dizendo que já estava em Viena, mas que não sabia como pegar as chaves do meu apartamento.

Decidi não ficar esperando pela resposta e tentar chegar ao meu apartamento e lá perto procurar um café, ou algum outro lugar que tivesse internet pra ficar tentando o contato com minha host ou minha contact person, até resolver a situação. Então, segui para o posto de informações turísticas do aeroporto de Viena, mas, pra minha surpresa, encontrei um aviso na frente dizendo que não iriam abrir no dia 1º de janeiro. Então, como não tinha como pegar mapas da cidade nem do metrô, decidi procurar meu apartamento apenas perguntando às pessoas.

Em um dos e-mails que minha contact person havia me enviado, ela explicava como sair do aeroporto para a estação Wien Mitte (no centro de Viena). Então, fiz exatamente isso. Quando cheguei lá, tentei buscar algum lugar que tivesse internet para tentar comunicação com uma das duas, mas estava absolutamente tudo fechado... Como era dia 1º de janeiro todas as lojas, cafés, bares, shoppings, supermercados... Absolutamente tudo estava fechado. De longe, vi um Starbucks Coffee e decidi tentar acessar a internet deles. O café estava fechado, mas tive sorte de apenas na frente conseguir o acesso á internet dele. Porém, o máximo que consegui foi ler a resposta do e-mail que havia enviado à minha contact person, quando eu tava no aeroporto, no qual ela dizia apenas que havia falado com a minha host e que o marido dela me daria as chaves do meu apartamento às 18h, na frente do apartamento... Além disso, apenas o telefone do marido da minha host. Pra meu asar, e que asar, meu iPod descarregou e, dessa forma, adeus internet!

Perguntando a um e a outro, consegui chegar ao meu apartamento. Como era num bairro extremamente residencial, as pessoas não sabiam dizer direito onde era especificamente o meu apartamento, apenas a rua. Dessa forma, me fizeram descer 2 estações antes da que eu deveria... De forma que depois tive que pegar um ônibus e ainda andar mais uns 20 minutos. Um agravante de tudo isso, era que eu estava com meu mochilão e mais um mochila pequena, onde os dois juntos somavam uns 16 kg, e estava fazendo 3º C em Viena e ainda mais chuviscava! Obs.: Pra quem acha que saber apenas o nome da rua já era grande coisa pra chegar ao apartamento, gostaria de dizer (para os que conhecem Natal) que a rua era tão longa quanto a Jaguarari e que o número do meu apartamento era o 142ª e me fizeram descer na Prudente, ali onde começa o prolongamento. Ali onde fica o Green Viellage, era a casa número 1... O meu apartamento (142ª) seria mais ou menos na altura do Hospital da Hapivida e meu ônibus foi apenas até a Bernardo Vieira (tudo isso é uma analogia para que vocês entendam melhor meu trajeto todo).

Bem, depois de tudo isso, cheguei ao meu apartamento. Era por volta das 14h30 e eu teria que esperar até as 18h (supostamente), na rua, num frio de 3º C e chuviscando. Não, não tinha guarita... Os prédios aqui não são como aí em Natal. A porta de entrada deles já dá pra rua... Eu no máximo teria que me abrigar num recuo de parede. “Ednor, seu burro, porque você não procurou um supermercado pra ficar, um café, um shopping???”. Sim, eu procurei tudo isso, rua a cima rua a baixo. Perguntando a um e a outro, mesmo todos me desiludindo dizendo que estava tudo fechado. Mesmo assim eu não acreditava e continuava a procurar um lugar pra me abrigar até as 18h. Alguém ainda poderia dizer: “Jumento, porque você não foi ficar, pelo menos, na estação de metrô? Vocês estão esquecidos do que eu contei que andei para vir da estação até o apartamento? Vocês realmente acham que eu tinha condição de fazer esse trajeto mais 2 vezes (ir e voltar) com 16 kg nas costas + 3º C + chuva + o cansaço de 10 dias de viagens??? Não, eu não tinha... Se isso é ser fraco, eu fui fraco, pois não tinha forças pra isso!

Foi aí que achei um Hotel aqui perto. Entrei e supliquei à recepcionista para ficar na recepção do Hotel apenas para me proteger do frio... Foi aí que ela me respondeu que eu poderia ficar apenas se pagasse 95 euros!!! Acreditem: 95 euros pra ficar só na recepção!!! 190 euros se eu quisesse me hospedar!!! Botei meu rabo entre as pernas e saí do hotel! Cortina o nome dele! Quem for meu amigo, não se hospede nunca!

Então, fiquei na rua, na frente do apartamento, de baixo de chuva e no frio de 3º C até a hora que não aguentei mais o frio. Foi aí que saí andando e vi uma senhora (de uns quarenta e poucos anos) descendo do carro pra entrar num banco. Eu não aguentei e implorei a ajuda dela! Olhei pra ela com os olhos cheios de lágrimas e pedi que me ajudasse (em inglês claro, porque este que vos escreve não sabia uma palavra em alemão – agora sei umas poucas). Ela, supreendentemente, parou e me ouviu. Vendo minhas lágrimas e a forma como falei, acreditou em mim. Abriu o carro dela, me botou dentro e ligou o aquecedor para amenizar o frio que eu tava sentindo.

Depois disso, me explicou que tinha que ir na casa de uma pessoa e perguntou se queria ir com ela pra não ficar no frio e me prometeu trazer de volta às 18h. Não pensei nenhuma vez e fui com ela, mesmo inseguro! Não desci na casa da pessoa... Esperei por ela no carro. Quando ela voltou, me pediu o telefone do marido da minha host e eu dei pra ela. Ela ligou pra ele e o infeliz disse que iria se atrasar e que só chegaria às 19h30, pois estava num trem voltando de uma cidade vizinha. Então, ela me disse que iria ligar pro marido dela pra explicar o que tava acontecendo, pois não tinha como me levar pra casa dela sem explicar nada a ele antes. Ela ligou pra ele, falou com ele, sem que eu entendesse uma palavra, e depois me levou pra casa dela. Chegando lá, o filho dela me emprestou o computador dele, momento em que consegui falar com meu irmão no Brasil e dar notícias a ele dizendo que eu estava bem. Além disso, ela me trouxe água e comida e me deu de comer e de beber!!!

Quando deu 19h30, ela me chamou, me botou dentro do carro dela e me trouxe de volta pro meu apartamento. Aqui na frente, ela ligou pro marido da minha host, que saiu e me deu minhas chaves. Depois disso, eu me despedi dela rapidamente. Falei do quanto ela havia sido importante pra mim e que quando eu chegasse ao Brasil falaria sobre ela à minha mãe. Disse a ela que ela havia salvado minha vida e que eu não tinha palavras para agradecê-la.

O mais absurdo de tudo, foi que não perguntei nome dela em momento algum. Ela sabe meu nome, sabe que sou brasileiro, natalense, que vim estudar Medicina aqui por um mês, mas eu não sei nada dela. Não lembro onde fica a casa dela, não sei voltar lá... Não sei nome dela, do filho, do marido!!!

Dias depois fiquei recordando tudo isso novamente... Fiquei lembrando de quantas vezes levei algumas de minhas amigas (em especial duas delas) para serem Maria em minhas palestras. Ninguém que assistiu às palestra nunca soube o nome delas! Naquele momento, elas foram Maria (a mãe de Jesus) na vida daquelas pessoas. Quantas vezes agradeci a Léo (que toca e canta pra mim) pelo nome dele e nunca agradeci a nenhuma delas pelo nome delas (sempre digo: obrigado à minha Maria de hoje). Pois bem, Deus também quis que eu não soubesse o nome dessa mulher nem nada dela, para que ela fosse a Maria na minha vida naquele dia aqui em Viena. Eu já pensei em tudo que poderia fazer para acha-la novamente, mas não fui capaz de encontrar nenhuma forma! Então, todas as noites, eu agradeço a Deus por ter me enviado Maria, naquele dia, para interceder por mim e me salvar... Eu agradeço a Deus por Ele ser tão perfeito, de forma que mesmo tão distante da minha mãe terrena, ela ter materializado uma mãe pra mim aqui em Viena, através de Maria, que fez por mim exatamente o que minha mãe faria: me aqueceria, me daria água e comida!!!

Eu nunca vou esquecer disso!!! Nunca!!! E enquanto eu viver irei contar às pessoas mais esse milagres que Deus fez na minha vida através de sua mãe, Maria!

“Obrigado mãe, por me amar e estar sempre comigo, mesmo eu me esquecendo de ti tantas vezes, mesmo eu pecando tanto contra ti. Mesmo assim, estás sempre comigo! Obrigado por ser minha mãe e minha fiel intercessora!”

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Rèveillon em Berlim - Alemanha

Olá, pessoal! Queri pedir desculpas a vocês pela demora em publicar aqui, mas é que meu tempo realmente tem sido curto aqui, principalmente nessas últimas semanas!


Bem, vamos falar um pouco de como foi meu ano novo em Berlim... Quando eu ainda estava em Natal, fiz uma pesquisa de onde passar o ano novo na Europa. Eu e meus amigos queríamos um lugar que tivesse festa e fosse animado. Me informando com vários amigos que já passarem ano novo aqui na Europa, percebi que muitos me falavam mal do Rèveillon de Paris, lugar que havia sido primeira opção de um dos meus colegas. Depois, falando com uma amigo-professor (Marco Aurélio), ele me aconselhou passar em Berlim. Tremenda dica! O ano novo lá foi realmente muito bom!!!


Nós fomos a Berlim praticamente pra festa de ano novo, mas como chegamos lá na noite do dia 30, tiramos o dia 31 inteiro para conhecer o máximo de coisas possíveis em Berlim (não dava para se conhecer muito, pois Berlim tem muito o que se ver e nosso tempo era realmente curto). Na noite do dia 30, ficamos no hostel mesmo, pois chegamos em Berlim bem cansados. Compramos umas cervejas alemãs, de vários tipos, e passamos a noite degustando cada uma delas. Depois disso fomos dormir!!!


No dia 31, saímos logo cedo para conhecer um campo de concentração (o mais próximo de Berlim). O local ficava a cerca de 2h de Berlim e para chegar lá era preciso pegar uma linha do metrô até a última estação, depois um trem até sua última estação também e depois caminhas cerca de mais 20 min. Quando chegamos ao local, o museu estava fechado por ser dia 31, mas o campo de concentração estava aberto para visita. Eu realmente recomendo a visita a esse lugar para quem gosta de reviver fatos importantes da nosso história. Durante toda a manhã caminhamos por esse campo de concentração conhecendo cada local deles, cada detalhe!!! Ao ler algumas escrituras escritas na parede (em inglês, graças a Deus) eu realmente conseguia imaginar como havia sido aquele cenário no passado, o que aquelas pessoas que estiveram ali haviam passado naquele local. Cada, muro, cara túmulo do cemitério que há dentro do próprio campo de concentração, com um clima totalmente frio e sombrio, cada alojamento, cada destroço de alojamentos destruídos, a câmara de gás, o local onde as pessoas eram assassinadas a tiros... Tudo isso podia ser visto naquele local. Como já falei, a visita vale muito à pena, principalmente se você se interessa pelo assunto!!!


Quando saímos do campo de concentração já era praticamente meio-dia. Então almoçamos lá por perto e começamos a fazer nosso caminho de volta até o centro de Berlim, onde conhecemos uma praça e alguns monumentos importantes. De lá, fomos conhecer o Checkpoint Charlie (local por onde os habitantes da Alemanha Oriental tinha que passar ara receber o carimbo de permissão de entrada no lado Ocidental) e logo em seguida o Muro de Berlim. 


À noite, saímos pro Portão de Brandemburgo com uma brasileira que conhecemos no hostel e mais uma coreana muito louca (amiga dela). No caminho para o portão, ainda fizemos uma parada para conhecer o prédio do parlamento. Ao chegarmos ao local da festa, achei que jamais chegaria perto daquele portão pela enorme quantidade de pessoas que já se encontrava aglomerada na frente dele. Falava-se em cerca de 2 milhões de pessoas!!! Foi que teve uma hora que um dos meninos falou: "Será que conseguiremos chegar até o portão?". E a coreana disse: "Você tem alguma dúvida disso?". Bem, nos fomos seguindo a coreano louca que foi furando a multidão e nos levando até o portão. O trajeto toda para atravessar toda aquela multidão durou cerca de 1h30. O detalhe foi que entramos o ano novo a cerca de apenas 50 metros do portão. A entrada do ano foi realmente belíssima, cheia de fogos, luzes, músicas, pessoas se abraçando, confraternização com um grupo de brasileiros que encontramos lá... Enfim, posso dizer que um Rèveillon na Europa que realmente vale à pena. A dica do amigo Marco Aurélio, realmente foi muito boa!!! Apesar de tudo isso, na hora da virada, eu mal consegui estar naquele local, pois na minha cabeça só vinha a minha família (meus pais, meus irmãos, meus parentes próximos) e meus grandes amigos... Pessoas que naquele momento estavam tão distantes e ao mesmo tempo tão próximas, ao ponto de fazer com que o sentimento de saudade delas, naquele momento roubasse de mim a oportunidade de viver aquele momento ali em frente ao portão de Brandemburgo! Ou olhava pro céu, via todos aqueles fogos, tantas luzes colorias, tanta gente gritando, levantando seus copos no alto pra brindar, se abraçando, bebendo... E eu só lembrava da minha família e dos meus amigos, as pessoas mais importantes da minha vida, por quem eu deveria realmente agradecer a Deus, naquele momento, por tê-las tido ao meu lado por mais um excelente ano. E na hora, foi isso que fiz, com os olhos cheios de lágrimas agradecia a Deus a cada momento (ouvindo o barulho dos fogos apenas ao fundo) por tê-los ao meu lado e por serem tão especiais!!!


Depois do momento da virada, ainda passamos mais algum tempo tempo lá ao som de música eletrônica que deixou o ambiente extremamente animado!!! Conforme já disse e repito, é realmente um ano novo sensacional!!! Porém, algumas poucas horas após meia-noite, tivemos que voltar pro hostel, pois dois dos meus amigos sairiam pro aeroporto cerca de 4h da manhã para pegar o vôo para Atenas.


Quando chegamos ao hostel, meio que nos despedimos, e decidimos todos tirar um breve cochilo até a hora de partir (eu sairia pro aeroporto às 7h). Cerca de 5h30 da manhã, acordo assustado pois o colega Raphael que deveria ter levantado às 4h, juntamente com Patrick, para ir ao aeroporto, se levantou apressadamente, pois haviam perdido a hora. Me despedi deles rapidamente e voltei a dormir por algum tempo mais.


Às 7h, saí pro aeroporto de Berlim e mais tarde peguei meu vôo para Viena, local do meu estágio, e onde eu iria morar por 4 semanas!!! Minha viagem até Viena foi tranquila, o vôo saiu na hora, a companhia aérea era muito boa (Air Berlim) e eu cheguei em Viena na hora prevista (meio-dia do dia 1º de janeiro de 2012). No dia seguinte, eu soube que os amigos Patrick e Raphael haviam perdido o vôo, tiveram que pagar mais 60 euros para remarcar o vôo pro dia seguinte, pagar mais uma diária de albergue para ficar em Berlim por mais uma noite, além de terem gastado mais um bocadinho com o táxi que pegaram até o aeroporto na tentativa de ainda pegar o vôo.


Meus próximos posts virão todas essa semana. Serão posts sobre minha chegada em Viena, a cidade de Viena em si, meu estágio e minhas viagens de final de semana durante as 4 semanas de estágio aqui. Contarei a vocês a saga da minha chegada aqui (momento mais difícil de toda a minha viagem), meus primeiros dias aqui sozinho, como é meu estágio, os colegas que fiz aqui, os social programs e as belezas dessa cidade que é, realmente, muitíssimo bonita!!!


Abraços em todos os amigos que acompanham esse blog e, de certa forma, vivem a minha viagem!!!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Amsterdã - Holanda: a cidade mais bizarra que já conheci!!!

No dia 28/12/11 chegamos a Amsterdã, já à noite! Do aeroporto pegamos um trem até uma estação central e de lá teríamos que pegar um tram para o nosso Hostel. O problema começou aí... As coisas eram escritas exclusivamente em holandês e, inicialmente, passamos o maior perrengue pra descobrir quem linha do tram tínhamos que pegar até o nosso hostel. Foi aí que pedi ajuda a um senhor que aparentemente trabalhava na estação central (fala inglês) e que foi super atencioso conosco, ligando do seu próprio celular para o nosso hostel, para descobrir como chegaríamos até lá. Pegamos o tram e pedimos ajuda à cobradora, para que ela nos avisasse quando chegássemos à nossa parada. A cobradora também falava inglês e mais tarde a gente iria descobrir que todas as pessoas nessa cidade falavam inglês (do recepcionista do hostel até o cobrador do tram).
Na noite que chegamos, ainda saímos para conhecer alguns pontos turísticos de Amsterdã e e foi aí que comecei a perceber onde eu estava. Fomos a uma praça bem famosa: Leidseplein. A praça tava bem ornamentada em estilo natalino com enfeites e luzes... Por sinal, foi a ornamentação de natal mais bonita que vi aqui na Europa nas cidades por onde passei. Foi no centro dessa praça que jantamos na nossa primeira noite... Comemos o tradicional salsichão holandês que nada mais é que uma espécie de cachorro quente de linguiça, onde você tem várias opções de linguiça e molhos para escolher. Depois de comermos, fomos passear pelas redondezas, local que era cercado por bares e pessoas de todas as nacionalidades.
Eu já havia ouvido falar muitas coisas de Amsterdã, mas ainda me impressionei com a enorme quantidade de pessoas bebendo e fumando em todos os lugares daquela cidade, independente de ser na rua, bares ou restaurantes. Sempre havia uma área para fumantes bem maior do que para não fumantes e em alguns estabelecimentos, eu nem achei área de não fumantes. O detalhe era que, na maioria das vezes, as pessoas fumam maconha e não cigarro normal. Sim, a maconha é super usada lá, juntamente com o haxixe. Onde você chegar encontrará pessoas usando essas drogas... Não acredite nunca quando alguém lhe falar que as pessoas só as usam em lugares especiais porque isso não é verdade. Lá, como já falei, encontrei pessoas fumando maconha desde bares, até em restaurantes e no meio da rua. Foi nessa noite que Patrick me chamou pra entrar em um bar super conhecido, animado e badalado de lá: Buldog! Eu entrei no bar, que realmente era animado... Era estilo um pub e havia uma mulher no centro que ficava animando a galera com um microfone... Os que se animavam, iam pro centro do pub, subiam numa espécie de palco e cantavam no karoukê. O detalhe é que eu não consegui passar muito tempo dentro do bar porque era tanta gente fumando maconha que a atmosfera só era isso e eu não conseguia respirar ar puro e já estava me sentindo tonto (embora ache que era apenas meu psicológico). Preferi beber fora do pub, numa varanda, onde também sentia-se o cheiro da maconha, só que mais suave (hauhauhauhauahua)... Foi aí que um bêbado chegou com uma garrafa de bebida na mão e tascou na nossa mesa e disse: "Look it for me!" Obviamente que nós obedecemos bem direitinho... Vedados! Depois ele voltou, pegou a garrava e disse: "Thank you"! Pelo menos ela era educado. Minutos depois ele repetiu a mesma coisa e os seguranças do bar tiraram ele de lá á força!
No outro dia, saímos logo cedo para conhecer pontos turísticos. Começamos pelo museu da Heiniken, lugar que eu gostei muiiiiiiiiiiito e indico a quem for à cidade, principalmente aos amantes de cerveja como eu. Lá, conta-se a história da criança da empresa, como é fabricada a cerveja, entre outras curiosidades sobre a bebida. No final, você entra numa sala 4D, onde você assiste ao processo de engarrafamento da cerveja do ponto de vista da garrafa. Por fim, há um momento pra degustação e uma espécie de desafia para quem quiser tentar. Obviamente que eu entrei na fila... Uma pessoa lá te dava uma aula de como botar chope numa tulipa e depois você tinha que repetir o processo bem direitinho, inclusive acertando o nível de cerveja dentro da tulipa. No final, recebi um certificado por ter participado da brincadeira =D
De lá fomos almoçar e depois saímos para conhecer o museu de Anne Frank... Acho que todos conhecem a história dessa judia que escreveu um diário enquanto vivia em um esconderijo com sua família em Amsterdã. Pois bem, esse museu conta a história dela e de sua família e é bastante interessante... Eu também indico a todos! Foi na fila de espera para entrar nesse museu que aconteceu algo bem engraçado. A fila era imensa... Acho que esperamos em torno de 1h na fila. Começou a chover fino, num frio de uns 4º C. isso tudo junto com o vento que tava fazendo, vocês podem imaginar o frio que fazia. A gente tava tremendo de frio! Havia uma senhora na nossa frente com uma sombrinha que ficava quase que 100% do tempo em forma de parabólica por conta do vento. Eu mostrei a cena a Carlos e Patrick e ficava rindo junto com eles da sombrinha da pobre da senhora. Minutos depois de dar altas risadas da parabólica dela, a senhora pediu que eu segurasse a sombrinha dela por alguns instantes... Foi aí que ela abriu a bolsa do marido dela, tirou uma sombrinha de dentro e me deu para que eu e os meninos nos protegêssemos da chuva. Eu fiquei super surpreso e arrependido de ter malhado da pobre da senhora! No final eu devolvi a sombrinha dela e agradeci e ela me respondeu em inglês: eu só queria que vocês não adoecessem, por isso peguei a sombrinha pra vocês! Não foi uma tapa na minha cara, foi um soco certeiro bem no pau da minha venta!
Desse museu seguimos para o museu do sexo. Super engraçado, mas eu esperava mais! Existem outros museus do gênero na cidade e talvez sejam melhores. De lá fomos para a Red Light District, rua onde as mulheres da vida ficam nas vitrines com roupas íntimas e minúsculas, sobre efeito de luzes especiais (luz negra). Você vai passando pelas vitrines onde elas estão expostas e elas ficam rindo pra você e te chamando. Os que desejam, entram na vitrine delas, pagam 50,00 euros e "namoram" com elas em quartos que há lá por dentro. Depois disso jantamos e fomos pra casa porque já estávamos esgotados.
No dia seguinte acordamos de manhã cedo, fizemos nosso check out, fomos conhecer um parque bem famoso de Amsterdã: Vondelpark. Passeamos bastante tempo por ele aproveitando a manhã (num frio da porra).Saindo de lá almoçamos e fomos pro aeroporto de onde partimos para Berlim.
Amsterdã é uma cidade ótima para se conhecer, principalmente para quem gosta de farra. Não considero uma cidade importante a ser visitada por um casal, ou por senhores... A não ser que tenham tempo sobrando! É uma cidade para jovens que gostam de farra e de aventuras! A cidade é bonita sim... Tem uma arquitetura bem legal, mas também é a mais suja que passamos e a que mais tem bêbados nas ruas perturbando a sua paz!

sábado, 7 de janeiro de 2012

Um pouco de Barcelona - Catalunha

Chegamos em Barcelona por volta das 12h do dia 24 de dezembro de 2011. Era véspera de Natal e aquele dia era especial pra mim por vários motivos... Primeiro porque era a primeira vez que eu iria passar o natal longe da minha família! Sim, isso é um fato marcante pra mim, pois lá em casa sempre valorizamos muitos a vivência desse momento em família. Então, não tê-los comigo nessa data, pela primeira vez, por si só já estava me trazendo uma sensação muito diferente! Segundo porque eu iria encontrar com Sílvia, a incoming que ficou na minha casa em agosto por cerca de 1 mês e 10 dias... Ela se tornara uma pessoa muito especial para mim e para toda a minha família e quando ela havia ido embora de Natal, apesar da imensa saudade que eu havia sentido dela, eu sabia que iria encontrá-la no final do ano. Terceiro, porque assim como Sílvia conheceu minha família, havia chegado a hora de eu conhecer a família dela, coisa que eu tinha muito vontade de fazer! Quarto, porque aquela seria a primeira vez que eu iria precisar me separar do meu grupo de viagens, pois eles ficariam hospedados num albergue no centro e eu na casa de Sílvia.
Como andar na Europa é super fácil (basta ter os mapas de metrô e da cidade nas mãos, coisas que se conseguem facilmente num dos inúmeros centros de informações turísticas que eles têm espalhados pela cidade), eu com meus mapas e perguntando um pouco, logo cheguei á casa de Sílvia. Ela não pudera me pegar no aeroporto porque na noite anterior seu avô havia passado mal e tinha se internado! Quando eu toquei a campanhia da casa, foi ela quem abriu a porta e surpresa meu deu um grande abraço. Esse foi um momento de muita emoção para mim: poder reencontrar uma pessoa que deixara tanta saudade ao deixar a minha casa meses atrás.
Nessa mesma manhã conheci a família dela: sua mãe, irmã e avó, pessoas maravilhosas, fantásticas e que me trataram super bem! Sílvia me deixou hospedado no quarto dela. Logo que me acomodei lá, desci para almoçar com eles, pois sua mãe havia preparado um almoço muito gostoso! Depois, expliquei pra eles que não passaria o natal com eles, porque meus amigos também estavam longe de casa e, dessa forma, preferia que todos nós passássemos aquela noite juntos! Eles entenderam muito e logo apoiaram a minha decisão!
Nosso natal foi na la Rambla, uma rua super movimentada no centro de Barcelona e que estava lotada de turistas. O local estava todo decorado com enfeites e luzes de natal. Após longas horas andando por essa rua, decidimos que nossa ceia seria à basa de um prato típico deles: paeja! Após nossa ceia, regada a uma sangria (bebida típica, também), andamos mais pelas ruas e terminamos a noite tomando uma boa cerveja espanhola. Na hora de ir pra casa, mais um desafio... O metrô que fecha normalmente às 2h da manhã, havia fechado à meia noite e eu tive que ir pra casa de ônibus. Por sorte, quando abri meu mapa dentro do ônibus, um árabe que lá estava e falava inglês, perguntou para onde eu ia e me disse qual era a minha parada. Daí pra frente foi fácil chegar à casa de Sílvia novamente.
No dia 25 acordei e quando desci para tomar café, a família de Sílvia já estava toda lá em baixo, agora com o seu avô que havia saído do hospital. Em Barcelona, eles comemoram o natal no dia 25 e de manhã cedo, fizeram um café especial e trocaram os presentes. Eles me deram três bonitos presentes e eu aproveitei para entregá-los também os presentes que eu havia levado do Brasil para eles. Depois disso, fui à missa rezada em catalão! Deu para entender 60% do que o padre falava, mas o importante era que eu estava ali agradecendo a Deus por aquele natal, pedindo pela minha família e agradecendo por tê-los ao meu lado! Quando estamos longe de casa, é que percebemos realmente o quanto amamos nossa família e amigos... O quanto eles são importantes para nós!
Depois da missa, fui encontrar com meus amigos e saímos para andarmos e conhecer mais Barcelona. Passamos 4 dias em barcelona conhecemos vários locais bonitos: Sagrada Família, Parque Guel, La Pedrera, Ilha da Discórdia, Pórtico Olímpico, costa do Mediterrâneo, bairro Gótico, Camp Nou, Fonte Mágica, Montjuic, monumentos, igrejas e mais igrejas, ruas e mais ruas, feiras... Enfim, uma infinidade de coisas que depois posso fazer um post só para dar dicas de lugares a se conhecer em Barcelona.
Meu último dia em barcelona foi difícil, muito difícil! Quando eu havia me despedido de Sílvia em Natal, eu sabia que a reencontraria no final do ano. Ela havia deixado muitas saudades, mas eu tinha certeza que a reencontraria em breve. Porém, a despedida desse vez era bem mais dura, pois eu não sabia quando a veria novamente, quanto tempo iria durar! Sílvia saiu comigo de casa de manhã logo cedo pra tomar café comigo e com meu amigos. Depois do café chegou a hora de nos despedirmos. Nós nos falávamos, dizíamos coisas um ao outro e nos abraçávamos e depois se despedia... Dava uns 2 passos e voltava atrás, se abraçava novamente e falava mais coisas. Repetimos isso umas 4, 5 vezes! Como tava sendo difícil me despedir dela! Eu tava com um nó enorme na garganta, não sabia bem o que dizer, não sabia como expressar o que eu estava sentindo, saudade que eu tava dela, da família dela, de Barcelona, daqueles poucos dias na casa dela. Ela me prometeu ir à minha formatura em 2015 e eu fiz ela e a mãe dela repetir essa promessa várias vezes!
Barcelona foi um lugar especial para mim por todos esses motivos, mas principalmente pelo fato de eu ter reencontrado essa grande amiga, essa irmã... E por ter conhecido a sua família, cheia de pessoas especiais, que haviam me tratado tão bem, como filho! Barcelona foi especial pelos dias ao lado de Sílvia, vivenciando o jeito meigo dela, sincero, sereno, feliz! Foi especial pelo reencontro no primeiro dia e pela despedida no último... A despedida que deixou muitas, muitas saudades!!! Juro que se eu pudesse voltaria lá antes de voltar ao Brasil pra me despedir novamente e dar o 6º, 7º, 8º abraço... Quantos desse vontade!!!
Sei que muitos estavam esperando um post cheio de dicas de Barcelona e do que mais eu fiz por lá e isso foi o pano de fundo desse post. Eu queria mesmo era usar esse post para dizer pra Sílvia o quanto ela é uma pessoa importante para mim e para minha família... E agora, para dizer também, o quanto sua família também havia se tornado importante pra mim!
Sílvia, já estou com muitas saudades de você, da sua mãe, da sua irmã, dos seus avós... Saudades de todos vocês!!! Beijos e até a próxima!!! Até breve!!!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Dicas sobre a Europa

Olá amigos! Muita gente estava me pedindo dicas gerais sobre a Europa. Então resolvi escrever esse post com algumas dicas que acho bem importante.


Transporte: o sistema de transporte público de todas as cidades europeias que andei é super eficiente! Logo que eu chegava nos aeroporto de cada cidade, eu já ia no balcão de informações turísticas e pegava um mapa da cidade e do metrô! Pronto, só com isso você vai conseguir andar para toda parte! Na maioria das cidades a tickets de 24h, várias viagens ou até de mais dias. Em todos os lugares que passei a compra desses tickets valeram bem à pena! Não há nada mais fácil do que andar de metrô (estando com o mapa das linhas) para toda parte da cidade. Ah... A maioria dos tickets de 24h, várias viagens, ou mais dias valem para todo o tipo de transporte público da cidade (metro, tram, trem, bus).


Comunicação: triste ilusão a de quem pensa que por aqui todo mundo fala inglês! Em barcelona, por exemplo, são poucos os que falam e esses, estão principalmente entre os mais jovens e com bom grau de instrução! Porém, quem fala português entende um pouco de espanhol e catalão e eles também entende o nosso português. Basta que ambas as partes falem devagar e com o auxílio de gesto. Em Berlim, não encontrei uma alma que falasse inglês! Como não seu praticamente nada de alemão (apenas bom dia, obrigado ou coisas do tipo) minha comunicação lá foi super difícil e era basicamente por gestos. Em Amsterdã, ao conrtrário, todo mundo fala inglês! Todo mundo mesmo; do recepcionista do hotel ao cobrador do tram! É uma maravilha! Aqui em Viena, uma boa parte da população fala, mas também os que encontrei que não falavam, não sabiam uma só palavra em inglês, nem as mais básicas! Em cada país que você for, é bom que você saiba dizer pelo menos o básico na língua nativa: bom dia, obrigado, por favor, eu não sei falar tal língua...


Bagagem: principalmente se você é jovem, não venha pra Europa com uma mala gigantesca! Ela só vai te atrapalhar! Já pensou você andando rua a cima rua a baixo com essa mala quando chegar na cidade ou for sair dela. A não ser que você esteja sempre disposto a pagar as caras viagens de taxi da Europa, a mala grande irá te atrapalhar muito quando você for chegar ou sair da cidade. Além disso, a cidades, como Lisboa, que não aceitam que você ande com malas grandes dentro dos transportes públicos normais (bus, metrô...). Assim, você terá que pagar mais caro para andar no Aerobus. Vim passar 50 dias na Europa e vim de mochila... Foi a melhor coisa que fiz! Coube toda a minha roupa, é fácil de transportar e posso andar com ela em todos os transportes públicos sem nenhum problema.


Roupas: se vier no inverno, como eu, traga um bom casaco, de preferência impermeável (2 são suficiente) porque se você precisar botar um pra lavar, terá outro pra ficar usando. Duas calças jeans, 4 camisas polos, 4 camisas de mangas compridas de lã... Isso é suficiente! Abuse nas roupas íntimas porque nas cidades que você passar poucos dias não dá pra ficar lavando muita roupa, pois aqui elas demoram cerca de 24h pra secar, isso porque eu boto em cima do aquecedor! O calçado é tênis pros homens e botas pras mulheres, sem dúvida alguma! Duas luvas que aqueçam bem, 2 cachecóis, 2 gorros... Serão indispensáveis em algumas cidades mais frias como a que estou agora (Viena)!


Gastos: isso vai depender muito do seu estilo de vida. Eu gastei desde 4,50 euros num almoço até uns 17,00 euros! basta que você procure os lugares bons e baratos pra comer. mas se você gosta de comer caro, garanto que não lhe faltará opções! Com transporte, gasta-se uns 30,00 euros por cidade que você passar, andando apenas demetrô, bus, tram e trem... Se você quiser luxar num táxi pagará bem mais! Você não sentirá muita sede, mas não deixe de beber muita água já que andará muito à pé! Eu comprei água desde 0,35 euros (hoje no supermercado) até 2,50 euros em Amsterdã (lá era difícil achar água mineral mais barata). Você terá muitos gastos com atrações turísticas. Aqui paga-se para entrar em tudo, até em algumas igrejas como uma que fui hoje aqui em Viena. reserve uns 20,00 euros por dia para esses gastos. Às vezes esse valor poderá ser extrapolado, caso você decida ir ao circo de solei como eu fui, ou a uma ópera em Viena, como eu também decidi comprar o ingresso (afinal não dar pra passar 4 semanas em Viena e não ir a nenhuma ópera). Essa que comprei foi 25,00 euros estudante porque é no palácio de Schobrunn (não se escreve assim, mas é algo do tipo). Porém, lá na cidade você pode chegar na hora na hora e comprar as entradas que sobraram para assistir a ópera em pé por 3,00 euros. Eu vou nessa também! Além disso tem os sulvenirs... Por mais que você diga que não vai comprar nada, você termina comprando. Você sempre lembra da mãe, do pai, do irmão... E às vezes você quer simplesmente levar uma lembrança daquela cidade. Se você não exagerar, não gastará mais que 20,00 euros comprando sulvenirs em cada cidade cidade por onde passar! Eletrônicos... Eu não comprei nada disso ainda. Como disse, não vim à Europa fazer compra. Em geral eles são mais baratos que no Brasil, mas bem mais caros que nos EUA! Se você também vai viajar num futuro próximo para lá, não compre nada disso por aqui!


Clima: é quase sempre muiiiiiiiiiiito frio!!! Em Lisboa uma média de 10 º C; em Barcelona uma média de 14º C (teve um dia que fez até 16º C); em Amsterdã e Berlim uns 4-6º C; aqui em Viena, uma maravilha, 0-4º C, mas ás vezes fica negativo e quase nunca se ver o sol! Em resumo, é frio, muito frio!!! Traga protetor labial porque se não seus lábios vão rachar e sangrar!


Segurança: muito mais seguro que no Brasil! Não passei ainda por nenhum perrengue e andei de ônibus ou metrô até depois de meia noite. Ninguém mexe com você é tudo sempre bem tranquilo. Em Amsterdã, como povo fuma muita maconha e bebe muito no meio da rua, de vez em quando aparece um gritando no meio da rua, batendo com garrafa na sua mesa, ou drogado pedindo dinheiro de madrugada lhe assustando! Fora isso, não vi mais nada que incomodasse!


Aeroportos: só viajei praticamente de easyJet. Todos falavam que os aeroportos eram bem distantes... Bem, não fui em nenhum que precisei de mais que 45 min pra chegar lá. Isso tudo de metrô, trem, tram ou bus normal. Nada de táxi nem daqueles aerobus super caros! Também ouvia muitos mitos sobre a easyJet... Se você tem mala grande, compre seus 20 kg de bagagem pela internet por um preço mais barato (variou de 11,00 a 20,00 euros as que comprei), imprima seu cartão de embarque e seja feliz! Não chegue lá com uma bagagem gigantesca querendo passar como bagagem de mão porque você não vai conseguir. Cansei de ver gente querendo enfiar a bagagem a todo custo naquele quadrado de ferro... Não entrava e era preciso pagar mais caro para despachar a bagagem! Na hora de embarcar, como não tem assento marcado, tem uns desesperados que correm pra fila! Não precisa! Tem lugar no avião pra todo mundo ir sentado! O pior de viajar na easyJet, pra mim, foi ter que aguentar a tripulação abrir aquele brechó deles durante o voo e perturbar a viagem inteira querendo vender de tudo que você imaginar: comida, revistas, jornais, perfumes, bijouterias, brinquedos, maquiagem,.. Um saco isso!!! A luz fica acesa o tempo todo e eles ficam gritando as coisas que vão vender e os preços, estilo aqueles vendedores em Ponta Negra. Mas, pelo preço, vale à pena enfrentar essa feira aérea!


Hospedagem: dê preferência a ficar sempre em locais perto do centro. Antes de fazer sua reserva, veja as avaliações dos hospedes que já passaram pelo local. Quarto privativo é muito bom, principalmente se tiver banheiro dentro. Porém, fiquei em um quarto privativo em Berlim que não tinha banheiro dentro. Cada banheiro era compartilhado por dois apartamentos. Pra minha surpresa o banheiro era excelente e sempre muito limpo!!!


Bem gente, acho que já dei bastante dicas... Espero que gostem! Quem quiser mais dicas pode fazer seu comentário pedindo que farei o possível para atender aos pedidos!


abraços em todos os amigos!!!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Fátima - Portugal


Hi Brazilian friends!!! Como vocês estão? Bem, primeiro me deixem explicar porque passei todos esses dias sem postar nada... Depois que saí de Barcelona para Amsterdã e Berlim meu acesso à internet ficou super difícil porque, coincidentemente, a internet nos dois albergues que fiquei estava com problema e, ao contrário do que muitos pensam, aqui não tem internet em todo lugar. Por sinal, praticamente não percebi diferença em relação ao nosso acesso em lugares públicos aí no Brasil. Sempre encontra-se internet em cafés, Mc Donalds, alguns restaurantes... Só em Barcelona que havia acesso à internet em uma rede pública em algumas locais, inclusive praças e parques!

Bem, após as devidas explicações sobre minha ausência nesse blog durante todo esse tempo, vamos ao relato de uma parte importantíssima da minha viagem: minha ida a Fátima, em Portugal. Quando eu ainda estava no Brasil, poucos dias antes de vir pra Europa, estive com meu primo Fernandinho conversando sobre a minha viagem. Na ocasião, sabendo do meu amor por Maria, ele me disse que não deixasse de visitar Fátima! Seguindo o conselho dele, e um desejo já antigo, logo que cheguei em Lisboa disse aos meu amigos que eu iria a Fátima ou durante uma manhã ou uma tarde de um dos dias que estaríamos em Portugal. Expliquei que eles não precisavam ir comigo, caso não quisessem, mas que eu não deixaria de ir, porém, eles decidiram ir comigo.

No dia 23/12/11, saímos do nosso albergue por volta das 7h da manhã em direção à rodoviária de Lisboa. De lá, pegamos um ônibus às 8h até Fátima. A viagem foi super tranquila, em um ônibus confortável e durou apenas 1h30. Eu não vi nada do caminho, pois dormi o tempo todo (estava exausto, pois havia dormido muito pouco nos dias anteriores).

Quando eu cheguei em Fátima que botei meus pés naquela cidade, senti que aquele era um lugar diferente. Enquanto eu caminhava pelas ruas entrando em lojas de sulvenirs a caminho do santuário, eu não parava de pensar em Nossa Senhora. Aquele era um momento muito mais que especial para mim. Era um momento de encontro com a mãe de Deus, com a minha mãe.Por falar na minha mãe, quando eu cheguei no santuário de Fátima, eu não parava de pensar nela, no meu pai, nos meus irmãos. Aquele santuário tinha o cheiro de Maria e as pessoas de fé, eu tenho certeza, podiam sentir a presença dela em cada parte daquele lugar.

Logo na entrada, comprei uma vela e a acendi num local destinado a isso, oferecendo aquele gesto à minha família e às pessoas que amo! Acendi aquela vela e passei alguns minutos vendo ela queimar e fazendo minhas orações em meu coração.


Depois, me dirigi a uma das capelas que tem no local. Era uma capela das menores (se não a menor), praticamente ao ar livre e que tinha uma imagem de N. Senhora de Fátima. Então me sentei ali por mais alguns minutos e dirigi minhas orações a Maria, na certeza de que ela as levariam até Jesus. Orei por todas as pessoas que me vinham a cabeça naquele momento. Depois disso, fui caminhando pelo pátio para uma capela maior. Nesse imenso pátio, muitas pessoas caminham pagando promessas, algumas de joelhos (os caminhos são bastante longos e o silêncio reina local, pois as pessoas oram enquanto fazem suas peregrinações).


Quando entrei na capela maior, mais uma vez fiz minhas orações e depois fui conhecer os túmulos dos três pastores que viram Maria. Na porta da capela havia o horário da próxima missa (11h). Nosso ônibus de volta  saía às 12h30 e eu estava certo de que assistiria a essa missa. Então, saindo dessa igreja, escrevi meus pedidos de oração para serem lidos na próxima missa e fui caminhas nos jardins que circundam essa igreja maior e central.





 Caminhei por vários minutos... Eu caminhava, rezava e rezava... Em canta canto daquele lugar eu sentia a presença de Maria e lembrava das pessoas que amava, em especial da minha mãe.


 Quando encontrei novamente com meus amigos eles disseram que não dava pra gente ficar pra missa porque eles queriam ir ao museu das aparições e não tínhamos tempo para fazer as duas coisas. Então, fiquei parado por alguns minutos sem dizer nada e depois segui atrás deles.

Eu saí daquele santuário com as lágrimas escorrendo nos olhos por não poder ficar praquela missa e já sentindo saudades daquele local sagrado. Eu só pensava comigo que quando me formasse voltaria ali com meus pais. Enquanto ia embora do santuário, eu pensava e N Senhora e na santidade dessa mulher!

Do santuário fomos ao museu das aparições. A visita foi muito boa, pois o museu era interativo e era uma forma de se conhecer melhor a história das aparições e viver um pouco do que elas haviam sido.


 De lá, fomos almoçar e depois voltamos pra rodoviária pra pegar o ônibus pra Lisboa. Na caminhada de volta o frio tava imenso, o maio que havíamos enfrentado até aquele momento. Mas nem isso tirava toda a beleza de Fátima!!! Deixei Fátima com lágrimas nos olhos, muita saudade e o desejo de voltar àquele lugar um dia!!!